Paulo Guedes, ministro do governo ilegítimo e genocida de Jair Bolsonaro, editou uma Instrução Normativa (IA) que altera os critérios para a autorização de concursos públicos federais. A medida é mais uma das incontáveis bombas postas no bolso do funcionalismo público pelo cachorro louco da Escola de Chicago.
Divulgado no Diário Oficial na última quarta-feira (24), a Instrução nº 46 altera um ato bastante pernicioso posto em vigor em 2019. Agora, para que um concurso público da esfera federal seja autorizado pelo Ministério da Economia, é necessário que o órgão apresente um estudo do impacto a longo prazo das despesas pessoais, discriminando, inclusive, as promoções de funcionários.
Economista formado na latrina do pensamento liberal, Paulo Guedes participou da Ditadura de Pinochet (1973-1990) no obscuro Chile dos anos 80. Lá, sobre uma pilha de mortos e miseráveis, o jovem carioca teve a oportunidade de ver de perto a aplicação violenta dos conceitos econômicos que defendia. Ganhou alguma projeção anos depois, como colunista de revistas. Em um pensamento muito semelhante ao dos bolsonaristas de hoje, Guedes dizia, na primeira década dos anos 2000, que o Brasil era um país “saci-pererê”, formado apenas por partidos de esquerda com os quais não se identificava.
Já naqueles tempos, o economista defendia a esganadura do Estado. Sob o signo de “controle fiscal”, o corte de gastos era apontado como único caminho para o crescimento do Brasil.
Hoje, mais de dez anos depois, Guedes coloca em prática tudo aquilo que sempre sonhou: colocar a máquina pública à disposição do interesse do sistema financeiro. Enquanto o povo passa fome e morre nos hospitais, não apenas pela pandemia, mas por falta de sedativos para realizar procedimentos, Guedes dá trilhões aos bancos. Enquanto as pequenas e médias empresas quebram e o número de desempregados e miseráveis só cresce, Guedes privatiza (rouba) tudo o que pode em benefício dos grandes investidores.
A violência de precarizar ainda mais o funcionalismo público atinge a classe trabalhadora e reverbera em todo o estrato social. Órgãos de relevância social, como a Defensoria Pública da União, os bancos públicos, autarquias, dezenas de empresas de infraestrutura sofrerão o baque da medida de Guedes.
Guedes, sempre foi um Queiroz da burguesia imperialista. Um laranja ideológico que seduz vendendo um punhado de riqueza às custas da miséria dos trabalhadores. Assim, mais do que nunca, é preciso mobilizar a população para arrancar do poder os vendilhões da pátria.