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Política internacional

Hamas e Fatá vão à China discutir guerra na Palestina

Caso o encontro se concretize, será a primeira vez que uma delegação do Hamas terá visitado a China desde a deflagração da operação Dilúvio de Al-Aqsa

Na última sexta-feira (26), segundo relatos feitos por um funcionário do Fatá à agência de notícias Reuters, uma delegação do partido palestino chefiada por Azzam al-Ahmad foi enviada à China. Além disso, veículo de imprensa britânico relata que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) também confirmou o envio de uma equipe, liderada por Moussa Abu Marzouk, para realizar negociações. A emissora libanesa Al Mayadeen também confirmou as informações.

“Apoiamos o fortalecimento da autoridade da Autoridade Nacional Palestina e apoiamos todas as facções palestinas para alcançar a reconciliação e aumentar a solidariedade através do diálogo e da consulta”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, na sexta-feira (26).

Cabe ressaltar que a Reuters afirmou que o diplomata chinês não confirmou se a reunião de fato vai acontecer. Entretanto, caso se concretize, será a primeira vez que uma delegação do Hamas terá visitado a China desde a deflagração da operação Dilúvio de Al-Aqsa, em 7 de outubro de 2023. Anteriormente, Wang havia se encontrado com Ismail Hanié, principal dirigente do birô político do Hamas, no Catar, em março de 2024.

Durante a 21ª reunião da Organização de Cooperação de Xangai, na sexta-feira (26), os ministros da Defesa do Irã e da China se encontraram em Astana, Cazaquistão. Na ocasião, ao mesmo tempo em que o ministro iraniano, general Mohammad Reza Ashtiani, saudou a postura chinesa em relação ao conflito no Oriente Médio; o ministro da China, Dong Jung, afirmou que seu país apoia o direito legítimo do Irã em responder às agressões de “Israel”, fazendo referência à operação Promessa Cumprida.

Oficialmente, a política da China em relação à Palestina é a da solução de dois Estados. Ou seja, que o conflito se resolva por meio do estabelecimento de um Estado palestino ao lado da ocupação sionista. Nos últimos meses, o país tem feito uma defesa cada vez mais enérgica dessa política em órgãos e fóruns internacionais, como é o caso da própria Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo.

Nesse sentido, a China foi um dos países que apoiou publicamente a adesão da Palestina à ONU, algo que também foi feito pela Rússia e pelo Brasil. Na semana passada, Wang Yi, ministro das Relações Exteriores chinês, afirmou que tal adesão “retificaria uma injustiça histórica prolongada”.

Na última quinta-feira (25), o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou à emissora catarense Al Jazeera que “o conflito em Gaza ultrapassou a linha vermelha da civilização moderna e devem ser tomadas medidas urgentes pela comunidade internacional”. “A injustiça histórica sofrida pelo povo palestino deve ser corrigida porque representa uma solução radical para o conflito”, disse a pasta.

A chancelaria chinesa também elencou que a “principal prioridade é pressionar por um cessar-fogo e evitar combates o mais rapidamente possível”. “Trabalharemos com a comunidade internacional para mobilizar esforços para implementar um cessar-fogo e garantir o acesso à ajuda. Rejeitamos categoricamente qualquer deslocação forçada ou punição coletiva dos palestinos em Gaza”, afirmou o Ministério.

Ademais, no final de março, o Hamas publicou uma nota oficial agradecendo ao apoio da China que rejeitou a proposta farsesca de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU:

“Expressamos o nosso apreço pela posição da Rússia, da China e da Argélia, que rejeitaram o projeto norte-americano tendencioso para a agressão contra o nosso povo, e destacaram a urgente exigência humanitária de uma cessação imediata da guerra genocida sionista que já dura mais de cinco meses, durante os quais a administração do presidente Biden forneceu todos os meios e ferramentas de apoio militar e político à entidade criminosa sionista na sua guerra contra o nosso povo, causando a morte de dezenas de milhares de crianças, mulheres e civis”, afirmou o partido palestino em 22 de março.

Ainda em 2024, em fevereiro, o país asiático exigiu ao Tribunal Internacional de Justiça (TPI) que desse seu parecer quanto à ocupação sionista da Palestina. Algo que a própria China considera como sendo ilegal.

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