No último dia 4, na costa do Estado de Aragua, na Venezuela, mercenários contratados pelos golpistas da direita venezuelana foram detidos e presos; A atuação dos pescadores da Vila de Chuao, uma comunidade de cerca de 3.500 moradores foi decisiva na resistência aos invasores.
Esta ação protagonizada por pescadores é representativa da importância da ação popular para a defesa do país, e no enfrentamento contra as forças reacionárias financiadas pela direita venezuelana e pelo imperialismo dos Estados Unidos.
Em meio a pandemia do Covid-19, os Estados Unidos não somente mantiveram o bloqueio econômico contra a Venezuela, como impulsiona uma ação de mercenários para provocar uma desestabilização. O grupo de mercenários, cerca de 60, é constituído de ex-combatentes do exército dos Estados Unidos e desertores da Força Armada Nacional Bolivariana.
A operação Gedeón, assim chamada pelos mercenários fracassou no seu intento de penetrar no território venezuelano e sequestrar o presidente Nicolas Maduro e a cúpula do governo.
Na vila de pescadores, em Chuao foram presos oito mercenários, o que possibilitou desbaratar a tentativa golpista. No grupo foi identificado militares ligados aos Estados Unidos.
Segundo relato dos moradores, a comunidade se organizou para derrotar a invasão dos mercenários, montando uma estratégia que surpreendeu o grupo de “ rambos”, que não foram capazes de enfrentar simples pescadores, organizados politicamente , conforme relata o morador Reinaldo Chávez: “Eles não imaginavam a surpresa que aqui os esperavam. Eles podem ser ‘Rambos’ e nós um povo humilde, mas com a verdade sempre vamos vencer”, disse à Rede Telesur.
Por sua vez, Julio Moreno, porta-voz do Conselho de Pescadores de Chuao, relatou como foi a atuação dos pescadores:
“Nossos homens, desde a montanha, avistaram a embarcação quando eles estavam cortando o teto do barco, porque eles tiraram o teto e jogaram no mar, para dificultar a identificação. Avisamos as autoridades, rapidamente chegou o helicóptero militar. Armamos um plano de defesa da praia.(…)
O relato desse acontecimento demonstra a força do povo da Venezuela, que resiste de todas as formas contra os inimigos contratados pelo imperialismo e pela direita golpista. O governo Maduro não pode permitir que Juan Guaidó continue organizando constantemente ações armadas à serviço dos Estados Unidos, é preciso a sua prisão imediata. Por outro lado, é mais que urgente a realização de uma campanha de solidariedade ao governo e ao povo da Venezuela, contra as tentativas de invasão do imperialismo ianque.