Em meio à crise

Construir um partido revolucionário de massas

A polarização e a evolução à esquerda de amplas parcela cria as condições para o fortalecimento da luta pela construção de uma partido operário, revolucionário, de massas

O Comitê Central do Partido da Causa Operária (PCO), realizou uma importante reunião ampliada, no último dia 12, com a presença de cerca de 50 companheiros, de todas as regiões do País e contando, inclusive, com a participação on line de representantes de núcleos partidários no exterior.

A reunião realizou um balanço da evoluções partidária no último período e buscou traçar uma perspectiva, levando-se em consideração não apenas a luta política na atual campanha eleitoral, como alem dela, ante o agravamento da crise econômica e política e as tendências à polarização que essa situação encerra.

No principal documento debatido na reunião destaca-se, “o crescimento da influência política do Partido nos últimos anos, após o golpe de Estado de 2016″, apresentando-o como o “maior de toda a sua história”. Esse crescimento pode ser auferido não apenas pelo expressivo aumento da audiência do Partido e pela capacidade de mobilização do PCO nos atos e conferências nacionais, realizadas no último período, em torno da luta contra o golpe, pela liberdade de Lula, por Fora Bolsonaro.

A reunião avaliou que o crescimento da influência partidária tem como base a polarização política depois do golpe levou  a uma crise crescente do chamado “centro” político (DEM-PMDB-PSDB). A discussão destacou a amplitude dessa crise que atinge também os partidos de esquerda alinhados com este centro, como o PT, o PCdoB e PSol, bem como todos os partidos e grupos políticos satélites destes partidos. Em meio à crise, as alas direitas desses partidos assumem posições cada vez reacionárias e se seguidismo à burguesia golpista, como se vê no apoio à frente ampla, expressão da total incapacidade desses setores de terem uma política independente da direita que deu o golpe de Estado e aprovou todas as medidas contra os trabalhadores nos últimos anos.

Uma expressão dessa crise e da política direitista da esquerda é o esvaziamento do PSTU, que apoiou o gole de Estado (“Fora Dilma, fora todos!”) e a prisão de Lula. O colapso deste amplo bloque de forças é o resultado da mudança da situação para a qual mostram-se incapazes de dar uma resposta.

A tendência à polarização política,  atual encerra uma clara tendência de evolução à esquerda de amplas parcelas, que cria as condições para o fortalecimento da luta pela construção de uma partido operário, revolucionário, de massas, por meio d uma intensa luta política junto a parcelas cada vez mais amplas da classe operária e dos demais setores explorados, particularmente, da juventude.

A reunião discutiu e adotou um conjunto de propostas visando superar a contradição presente na atual etapa que é a defasagem entre a velocidade com que cresce a influência das posições combativas revolucionárias do PCO e a velocidade com que evolui a organização partidária que embora seja significativa, fica aquém das possibilidades colocadas na etapa atual. A  influência política do Partido é várias vezes maior que o trabalho organizativo que mostra uma significativa evolução, como expresso no fato de que o PCO lançou candidatos em 20 capitais, sendo o terceiro partido com maior numero de candidatos do País.

A reunião debateu o fato de que essa contradição tem como causa natural a inexperiência da maior parte do Partido nas questões de organização, principalmente pela aproximação do Partido de centenas de novos militantes, em sua maioria da juventude, nos últimos quatro anos, principalmente.

O partido operários revolucionário é a principal ferramenta da qual os explorados precisam lançar mão diante da crise atual, uma crise histórica do capitalismo, que – por um lado. – ameaça levar milhões em nosso País à morte (como se vê na atual pandemia, guerras etc.) fome, miséria, desemprego etc. em uma verdadeira situação de bábarie. Por outro lado, a situação cria sobre a base de uma imensa luta política, tendências a uma radicalização no sentido revolucionário, de luta por uma alternativa própria dos explorados diante da crise.

Neste quadro, a reunião debateu a intervenção do Partido nas eleições que, como assinalou o documento central “devem ser vistas não como um obstáculo na realização desta tarefa, mas como uma alavanca a mais para a sua realização. Eleições, para um partido revolucionário, é, acima de tudo, uma operação de mobilização das tropas, dos efetivos partidários dos simpatizantes em uma campanha”

Para o PCO, “o objetivo de toda a nossa enorme atividade política é a construção do Partido, ou seja, a organização de uma vanguarda revolucionária sobre a base de um programa revolucionário”.

Nessas condições, a tarefa central, muito além da luta pelo voto ou da busca de qualquer resultado eleitoral imediato, mesquinho, a tarefa central do momento é a luta por reforçar as fileiras do embrião do Partido operário, revolucionário e de massas que é o PCO.

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