Da redação – Cerca de 65% dos servidores públicos das diversas categorias do funcionalismo estadual estão em greve no Rio Grande do Sul contra o pacote de reformas enviado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) à Assembleia Legislativa, que representa um forte ataque aos trabalhadores do estado.
As categorias que estão mais mobilizadas são as dos servidores da educação e da agricultura. A greve foi anunciada há algumas semanas e uma assembleia na última terça-feira (26) decidiu por seu início imediato, no mesmo dia.
A Brigada Militar, no entanto, foi chamada pelo governo gaúcho para reprimir a assembleia, demonstrando como a direita trata os servidores. Eduardo Leite é um governador bolsonarista, tendo apoiado publicamente a candidatura de Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais fraudulentas do ano passado.
Hoje, novamente os policiais militares foram chamados para reprimir uma ação dos servidores. Antes mesmo de funcionários da Secretaria da Agricultura – conjuntamente com servidores de outras pastas – iniciarem uma atividade de distribuição de bananas à população de Porto Alegre como forma de protesto, o 1º Batalhão do Choque da BM foi acionado para impedir a entrada aos portões de acesso à secretaria.
Ao menos nove sindicatos estão mobilizados nessa greve de servidores estaduais. Os motivos principais da paralisação, além do pacote de Leite, são o atraso e o parcelamento dos salários e a destruição dos serviços públicos.