No dia 27 de fevereiro, a direção golpista da ECT (Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos) se reuniu para impor o fim das agências próprias dos Correios e o início das demissões indiscriminadas dentro da empresa.
De portas fechadas, a Redir (Reunião da direção dos Correios) redigiu um documento que mostra que após conseguirem atacar o plano de saúde da categoria, obrigando os trabalhadores a pagar mensalidades, a próxima ação dos golpistas dos Correios será a destruição da empresa pública.
O documento só foi tornado público porque a imprensa golpista no Brasil, que trabalha incansavelmente pela entrega do patrimônio brasileiro aos capitalistas internacionais, divulgou dois meses depois o documento em seus jornais, para justamente pressionar que a decisão dos golpistas entre em vigor imediatamente.
Acontece que a direção golpista dos Correios sabe que uma coisa é decidir fechar 700 agências e demitir 5,3 mil trabalhadores, e outra é fechar e demitir esses trabalhadores.
A tradição de luta dos trabalhadores dos Correios pode colocar em cheque a privatização da empresa, caso isso seja confirmado, apesar do movimento sindical nos Correios ser controlado pelo Bando dos Quatro (PT, PCdoB, PSTU e diretoria do Sintect-MG – LPS) que nos últimos anos foram responsáveis pela entrega do plano de saúde da categoria.
Diante da repercussão negativa que a notícia criou dentro dos Correios, a direção golpista da ECT saiu a público para tentar desmentir a imprensa golpista, dizendo que as demissões “ainda” não foram decididas, apesar de que o documento que foi escrito na reunião fechada dos golpistas é claro no sentido das demissões e destruição das agências próprias dos Correios para favorecer as agências franquiadas.
Essa situação de impasse em que se encontram as políticas contra o povo promovidas pelo golpe, como a privatização das estatais no país, mostra para classe trabalhadora que o caminho para lutar contra essa ofensiva é justamente a mobilização de rua e o enfrentamento contra os golpistas.