Durante a última edição do programa Análise Internacional, transmitido na quinta-feira (2) pelo canal do Diário Causa Operária, Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), caracterizou a política externa do governo Lula como de uma “profunda adaptação ao imperialismo”. Em determinado momento, o presidente do PCO diz:
“Acredito que Lula fez um acordo com o imperialismo visando a sua sobrevivência eleitoral.”
O ponto central da crítica é a postura do governo brasileiro em relação aos eventos de 7 de outubro. Segundo Pimenta, “o governo classificou o 7 de outubro como um atentado terrorista”. Para ele, essa classificação é um erro elementar, pois “qualquer diplomata sabe que isso não é verdade”. O presidente do PCO defende que a ação deve ser vista como um ato legítimo de resistência de um povo oprimido, afirmando categoricamente que “um povo submetido a uma situação extrema tem o direito de se levantar contra seus opressores, o que é um ato de resistência”.
Pimenta também apontou para outros episódios da política externa de Lula como prova de seu alinhamento com potências estrangeiras. Ele mencionou o apoio do Brasil ao plano do presidente francês, Emmanuel Macron, que, em suas palavras, era uma “farsa para desarmar a resistência”. A crítica mais recente e, para Pimenta, a mais reveladora, foi o apoio do Brasil ao plano do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Pimenta citou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que declarou que o plano de Trump estava “dentro de nossas linhas políticas”, e ainda falou em “respeito aos direitos humanos”. Pimenta classificou a fala como “esquisito”, e afirmou:
“Temos um conjunto de fatos que mostram uma política do governo brasileiro. Qual é essa política? Se adicionarmos a isso a política equivocada do governo na questão da Venezuela, vemos uma profunda adaptação ao imperialismo.”
Para o dirigente, a política de Lula é um reflexo de sua fragilidade. Em suas próprias palavras, “a impressão que tenho é que o governo Lula foi sequestrado na política internacional pela debilidade do governo”. Ele acredita que o presidente “apostou que a solução para suas contradições internas era uma aliança com o imperialismo”, e que o plano de Trump, apoiado pelo Brasil, é “o plano que o imperialismo quer”.





