Brasil

Tarifa social: quem vai pagar a conta?

Governo Lula quer que os trabalhadores melhor remunerados e a classe média paguem a conta da sua demagogia

É impressionante a capacidade do governo Lula de atirar contra o próprio pé — e, claro, atingir as costas dos trabalhadores.

Depois do escândalo do Pix, do salário mínimo com aumento rebaixado, do valor do Bolsa Família “congelado” há dois anos, do rombo nas contas dos aposentados do INSS e do recuo na cobrança do IOF sobre o capital especulativo, vem agora mais um ataque travestido de “grande conquista social”.

O governo apresentou ao Congresso uma proposta de isenção total da conta de energia para cerca de 16 milhões de residências. Para receber o benefício, é necessário estar inscrito no Cadastro Único e ser beneficiário de programas como o Bolsa Família ou o BPC.

Quem paga a conta?

Segundo o governo, até 60 milhões de pessoas podem ser atendidas. O problema é: quem vai pagar essa conta?

O custo oficial do programa é estimado em R$3,6 bilhões, mas especialistas do setor elétrico já apontam que a despesa real pode chegar a pelo menos R$7 bilhões. Isso representaria um aumento de 1,4% a 2,8% nas tarifas.

E quem arcará com esse aumento? Os chamados “consumidores do mercado regulado”: trabalhadores que não estão incluídos nos programas sociais e a classe média — ou seja, mais uma vez, os trabalhadores pagam a conta da demagogia do governo.

Enquanto isso, os grandes empresários do setor elétrico, os banqueiros, os fundos de investimento e os tubarões do mercado seguem intocados. O governo não tem coragem de enfrentar quem realmente deveria arcar com os custos — afinal, são esses parasitas que ficaram bilionários com a privatização do setor energético.

Reestatizar já!

O mesmo governo que faz propaganda sobre justiça social é o que se recusa a tocar nos lucros exorbitantes dos especuladores, preferindo penalizar uma parte expressiva da população trabalhadora.

Pior: usa promessas futuras para tentar justificar a entrega do presente. A “abertura do mercado de energia” prevista para 2028 é apenas uma nova etapa do entreguismo, que nada resolverá para quem verá sua conta subir já no ano que vem.

A única saída verdadeiramente progressista é a reestatização do sistema elétrico nacional, sob o controle dos trabalhadores. A energia deve ser tratada como um bem público, a serviço do desenvolvimento do País, e não como mercadoria para enriquecer os capitalistas nacionais e internacionais.

Enquanto não romper com os interesses do capital, o governo seguirá tentando equilibrar-se entre atender às exigências do mercado e acalmar o povo com migalhas. É preciso pôr abaixo essa política conciliadora e avançar na luta por um programa verdadeiramente socialista e operário.

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