Editorial

Sionismo é dono do Brasil?

Governo não pode continuar refém do sionismo

Thiago Ávila, ativista brasileiro detido ilegalmente em “Israel” desde segunda-feira (9), está em greve de fome e sede. Recusando-se a assinar uma confissão de culpa forjada, o militante permanece encarcerado sob condições insalubres, ao lado de outros sete presos políticos que compunham a Flotilha da Liberdade — grupo internacional que levava ajuda humanitária a Gaza. A entidade sionista, ao interceptar o barco Madleen em alto-mar, não apenas violou o direito internacional, como sequestrou cidadãos de diversos países, incluindo o Brasil, sem que houvesse qualquer ação concreta por parte do governo Lula.

Mesmo após intensa pressão popular, o Itamaraty limitou-se a divulgar uma nota burocrática, que se contenta em “acompanhar o caso com atenção”. A nota não denuncia abertamente o caráter criminoso do sequestro, não exige a libertação imediata dos brasileiros detidos e tampouco convoca o embaixador sionista para dar explicações. O governo brasileiro mantém, assim, uma atitude de completa subserviência diante de uma das ações mais escancaradas de pirataria internacional promovidas por “Israel”.

Lula já reconheceu publicamente que o que ocorre na Faixa de Gaza é um genocídio. No entanto, quando se trata de agir, seu governo mostra que tais palavras não passam de encenação diplomática. Enquanto crianças são assassinadas aos milhares por bombas sionistas, enquanto militantes internacionais são perseguidos por desafiar o bloqueio, o Brasil segue mantendo relações normais com um regime genocida, covardemente omisso quando seus próprios cidadãos são sequestrados por tropas estrangeiras.

O caso do Madleen demonstra, mais uma vez, que não basta “condenar o genocídio”. É preciso romper com ele. As ações do governo brasileiro são desmentidas por sua própria covardia. A manutenção de relações diplomáticas, comerciais e militares com a entidade sionista, em pleno andamento de um extermínio contra o povo palestino, constitui cumplicidade. A continuidade dos acordos com “Israel” significa colocar os interesses do imperialismo acima da soberania nacional e da solidariedade entre os povos oprimidos.

A prisão de Thiago Ávila é um ataque direto ao povo brasileiro que se levanta em defesa do povo palestino. É também um teste para o governo brasileiro: ou está com o imperialismo e seus aliados genocidas, ou está com a luta dos povos pela libertação. Não há meio-termo. Ou se está com os que bombardeiam hospitais, escolas, campos de refugiados, ou se está com os que ousam furar o bloqueio para levar alimento e remédios a um povo sitiado.

É dever do governo Lula romper imediatamente todas as relações com a entidade sionista, expulsar seu embaixador do território nacional, anular os acordos bilaterais e denunciar com veemência os crimes de guerra praticados por Netaniahu e seu regime nazista.

Não se trata apenas da libertação de Thiago Ávila e dos demais presos. Trata-se da defesa da soberania nacional, da dignidade do povo brasileiro e da recusa a servir de cúmplice ao genocídio em Gaza. O governo não pode continuar refém do sionismo.

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