Na última semana, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, em segunda votação, um projeto de lei que propõe a criação do “Dia do Combate ao Antissemitismo” na cidade. A data escolhida foi 7 de outubro — exatamente o dia em que o Hamas lançou sua histórica ofensiva contra a ocupação sionista em 2023. A proposta segue agora para sanção do prefeito Eduardo Paes.
A medida é uma iniciativa diretamente vinculada à política do imperialismo e do sionismo. Trata-se de uma ação para reforçar a campanha internacional que busca censurar, perseguir e reprimir todos os que denunciam os crimes do Estado de “Israel”. E é justamente isso que a proposta afirma em seu texto: que houve um “ataque terrorista do Hamas” e que o projeto é uma resposta a isso. Ou seja, a intenção é tornar o apoio à resistência palestina ilegal.
A votação ocorre no momento em que “Israel” aprofunda seu papel como uma das maiores ameaças à humanidade. Poucos dias depois da aprovação do projeto, o Estado sionista lançou um novo ataque, desta vez contra o Irã, bombardeando a capital do país, Teerã, e assassinando comandantes da Guarda Revolucionária e civis — incluindo mulheres e crianças. Nenhuma provocação foi feita pelo Irã. O ataque foi unilateral, terrorista, e realizado com armamentos fornecidos por Estados Unidos, Reino Unido e outros países imperialistas.
A coincidência entre a ofensiva militar e a ofensiva legislativa não é mero acaso. Ambos os ataques fazem parte de uma mesma política: a tentativa desesperada do imperialismo e do sionismo de conter o avanço do Eixo da Resistência e de impor uma ditadura que impeça qualquer solidariedade à luta do povo palestino.
A escolha do dia 7 de outubro para o tal “Dia do Combate ao Antissemitismo” é uma provocação aberta e escancarada. Não se trata de combater o imaginário preconceito contra judeus, mas de transformar em crime a denúncia contra o Estado nazista de “Israel”, a solidariedade ao povo palestino e a luta contra o genocídio.
O sionismo se vale do Holocausto para blindar um Estado racista, colonial e genocida. “Israel” não é um povo, nem uma religião. É um Estado artificial criado para servir aos interesses do imperialismo no Oriente Médio. Criticá-lo não é antissemitismo. Apoiar sua destruição não é racismo — é justiça.
O povo palestino e seus aliados, como o Irã, o Hesbolá e o Ansar Alá, enfrentam o maior aparato militar da região com enorme apoio das massas populares. E é isso que aterroriza o imperialismo: o exemplo da resistência.
Este Diário repudia veementemente a criação de qualquer data sionista no Brasil. A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro deveria estar preocupada com os verdadeiros problemas da população pobre, e não em fazer propaganda de um Estado que assassina crianças todos os dias.
Se Eduardo Paes sancionar esse projeto, estará se colocando, mais uma vez, ao lado dos maiores assassinos da atualidade, contra os povos oprimidos do mundo. O povo brasileiro precisa se levantar contra essa política criminosa, exigir o rompimento imediato de todas as relações com o Estado sionista e organizar grandes manifestações em solidariedade à Palestina e, agora, ao Irã.
Abaixo o nazissionismo! Todo apoio à luta dos povos oprimidos! Viva a resistência palestina! Viva a República Islâmica do Irã!
