O PSDB surgiu como uma dissidência do MDB, partido que representava a “oposição” consentida durante a ditadura militar, entre os anos de 1964 e 1985. Muitos integrantes do MDB discordavam dos rumos que o partido estava tomando pós-redemocratização e decidiram fundar a própria legenda em 1988.
Em 1994, setores da burguesia nacional apresentaram o nome de Fernando Henrique Cardoso como candidato à Presidência da República. Seu principal aliado foi o PFL, partido composto por políticos direitistas oriundos da Arena, partido que dava sustentação política à ditadura militar.
Entreguismo e ataque
O governo FHC foi marcado por um brutal ataque à economia nacional e às condições de vida dos trabalhadores, realizando um enorme confisco salarial, além de um agressivo programa de privatizações e de entrega do patrimônio público.
Um segundo mandato de FHC foi obtido com a compra de votos no Congresso Nacional para aprovar a reeleição, até então proibida pela Constituição Federal.
O golpe de 2016 teve a marca e o carimbo do PSDB. Aécio Neves, o último candidato tucano, mesmo com todo o apoio da imprensa golpista e dos capitalistas, foi derrotado no voto popular por Dilma Rousseff. Depois, participou ativamente da campanha de desestabilização da presidenta, cujo desfecho foi o golpe contra a primeira mulher a exercer o cargo máximo do País.
O reconhecimento dos tucanos como um partido de direita acelerou seu declínio, deixando o partido sem perspectiva em âmbito nacional. O episódio mais recente foi o desembarque do governador do Rio Grande do Sul da legenda, indo buscar abrigo no direitista PSD, controlado por Gilberto Kassab. Leite alegou que, após a junção com o Podemos, o PSDB deixou de existir. Então, ele resolveu pular fora antes.
A direita se rearticula
As recentes federações (como no caso do União Brasil e PP) e fusões (como do PSDB e Podemos) constituídas a partir da junção de siglas direitistas desmoralizadas ante os olhos da população reduziram o número de blocos partidários. É uma clara manobra da burguesia via justiça eleitoral para criar normas que impeçam ainda mais o surgimento de novos partidos e dificultem a existência dos partidos pequenos com pouca ou nenhuma representação no Congresso Nacional.