Editorial

Não à destruição e à escravidão nos Correios

A esquerda que se reivindica como defensora dos direitos e das conquistas dos trabalhadores deve defender a mais ampla mobilização de toda a categoria

A direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) anunciou, no último dia 12, um conjunto de medidas que teria, supostamente, o objetivo de fazer frente ao prejuízo de R$2,6 bilhões constatado no balanço de 2024. Segundo a empresa, o principal fator do prejuízo são os custos operacionais e, dentro desses custos, estão R$700 milhões em gastos com pessoal.

No documento apresentado – primeiro internamente -, a empresa já aponta quem vai pagar a conta:

“Neste momento, a contribuição de cada empregada e empregado, por menor que pareça, é valiosa. Juntos, temos todas as condições de superar os desafios e construir um futuro mais promissor e vitorioso para nossa equipe.”

A ECT pretende, com o pacote de medidas, economizar R$1,5 bilhão em 2025. Desse valor, 30% são medidas que afetam diretamente os 86 mil trabalhadores da empresa, entre elas, o incentivo à redução da jornada de trabalho e de salários, a continuidade do processo de demissão voluntária e mais cortes no já debilitado e raquítico plano de saúde.

Numa conta simples, é fácil verificar que o objetivo da direção dos Correios é anular os ganhos com salários diretos e indiretos obtidos pela categoria no ano passado, cortando cerca de R$450 milhões dos trabalhadores.

A essa estimativa de cortes faz-se necessário levar em consideração que a data-base da categoria será em agosto, e não é muito difícil concluir que quem quer tirar R$450 milhões não vai de boa vontade aceitar qualquer reivindicação que eleve gastos com pessoal.

A exploração que a venal e golpista imprensa capitalista faz do prejuízo da empresa é sintomática do interesse da direita infiltrada no governo Lula em privatizar os Correios. Afinal, a empresa é subordinada ao Ministério das Comunicações, controlado por partido da direita, o União Brasil.

A esquerda que se reivindica como defensora dos direitos e das conquistas dos trabalhadores deve defender a mais ampla mobilização de toda a categoria de ecetistas, superando a paralisia das direções sindicais. Esta é a única forma de fazer frente à destruição dos Correios que está sendo levada adiante pelos setores direitistas que comandam a estatal.

Para isso, é necessária a realização de um encontro nacional com delegados de base, que aponte concretamente à luta pelo controle da empresa pelos trabalhadores por meio da eleição direta de todos os cargos de direção e chefia, contra todas as medidas de ataque aos trabalhadores ecetistas, por reposição das perdas salariais e fim da escravidão da categoria.

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