Faixa de Gaza

Maior parte dos israelenses considera que Gaza foi uma derrota

Imprensa israelense diz que a promessa de “vitória absoluta” contra o Hamas é “uma noção vazia e infundada, enraizada em promessas vazias”

“Em matéria publicada nesta terça-feira (21), a emissora libanesa Al Mayadeen, citando a imprensa israelense, informa que a maioria dos israelenses estão desiludidos com a promessa de “vitória absoluta” contra o Hamas, feita pelo governo Benjamin Netaniahu. Segundo a emissora, a percepção da maior parte dos israelenses é de que obter “vitória absoluta” é “uma noção vazia e infundada, enraizada em promessas vazias”.

A emissora destaca que após o cessar-fogo, e a libertação das primeiras prisioneiras israelenses, ocasião em que inúmeros combatentes das Brigadas Al-Qassam (Hamas) apareceram nas ruas, recebendo apoio expresso da população de Gaza, e garantindo a segurança do processo, muitos passaram a ver o Hamas como a parte vencedora no conflito.

O fato de o Hamas demonstrar que permanece forte, tendo inclusive recebido em suas fileiras milhares de novos militantes, fato inclusive reconhecido recentemente por Antony Blinken, ex-secretário de Estado dos EUA, soma-se à gigantesca crise por que “Israel” passa, com significativa redução de sua atividade industrial, ainda maior redução da atividade econômica no setor de turismo, deslocamento de colonos do norte (em razão da ação revolucionária do Hesbolá) e, é claro, milhares de soldados sionistas mortos e feridos, no conflito contra a Resistência Palestina e o Eixo da Resistência.

Estes, dentre outros, são fatores que, segundo o Al Mayadeen, faz com que o público israelenses veja o termo “o termo vitória absoluta como uma mera fantasia desconectada da realidade, especialmente à luz das devastadoras consequências humanitárias e militares da guerra”. A emissora noticia que “Muitos colonos argumentaram que a situação permaneceu inalterada desde o início, pois o Hamas manteve sua força e comemorou abertamente sua vitória”, percepção esta expressa nas declarações de Bezalel Smotrich, ministro das Finanças e líder de colonos fascistas e do partido Sionismo Religioso, e de Itamar Ben-Gvir, ex-ministro da Polícia, igualmente líder de colonos fascistas, e também chefe do partido Poder Judeu. Ben-Gvir renunciou ao seu cargo justamente por considerar o cessar-fogo uma derrota para “Israel”

Agravando a crise do governo Netaniahu, em razão da derrota perante o Hamas, o comandante das forças israelenses de ocupação, Tenente Coronel Herzi Halevi, anunciou sua renúncia nesta terça-feira (21). Segundo Al Mayadeen, o militar e sua liderança das forças de ocupação foi alvo de inúmeras críticas por parte dos israelenses, “por seu aparente fracasso em administrar a guerra, com alguns rotulando o governo como um “governo de fracasso absoluto“, acrescentando que “As promessas anteriores de Netanyahu de eliminar o Hamas foram relembradas, enfatizando o forte contraste entre essas garantias e a situação atual”.

Neste cenário, muitos israelenses estão expressando “profundo desespero sobre a segurança futura de ‘Israel’, antecipando que cenários semelhantes ocorrerão novamente”.

A crise de “Israel”, decorrente da Operação Dilúvio de al-Aqsa, e da luta da Resistência Palestinas e do Eixo da Resistência contra o genocídio em Gaza e os crimes na Cisjordânia, foi significativamente agrava pelo cessar-fogo imposto pelo Hamas, não só à entidade sionista, mas também ao imperialismo. Trata-se de uma demonstração cabal de que o cessar-fogo foi uma enorme vitória para os palestinos, devendo ser comemorada como tal.

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