Neste domingo (9), o líder do Hesbolá, Naim Qassem, denunciou que os Estados Unidos lideram uma “campanha massiva contra nós, alavancando representantes regionais e libaneses”.
Qassem também denunciou as violações ao cessar-fogo, perpetradas por “Israel” diariamente desde quando o acordo entrou formalmente em vigor, responsabilizando o Estado libanês por não enfrentá-las: “tudo o que Israel fez durante o período de 60 dias constitui violações, e responsabilizamos o estado libanês”.
Falando sobre o acordo, Qassem afirmou que ele “não foi negociado a partir de uma posição de fraqueza”. Segundo o líder, apesar das dificuldades enfrentadas pelo partido, e dos sacrifícios de seus militantes e dos combatentes da Resistência Islâmica, o Hesbolá persiste e continua forte. Apesar de o partido ter sofrido “uma violação de segurança e algumas deficiências”, investigação está sendo realizada para que lições sejam aprendidas e os perpetradores das violações sejam responsabilizados.
O cessar-fogo, que entrou formalmente em vigor em 27 de novembro de 2024, previa que as forças de ocupação deveriam se retirar do sul do Líbano até 27 de janeiro de 2025. No entanto, após o prazo inicial ter sido adiado unilateralmente, com apoio dos EUA e do Estado libanês e atual governo, “Israel” permanece ocupando cinco posições na região.
Sobre isto, Qassem alertou, dirigindo-se à entidade sionista, que “mesmo que vocês permaneçam nessas posições ao sul do Líbano, a Resistência não permitirá que vocês fiquem lá“, denunciando ainda “que estamos diante de um amplo projeto israelense que se estende do oceano ao golfo“, ao se referir a recente invasão de colonos sionistas à Tumba de al-Abbad, local de significância religiosa, situado nas proximidades da aldeia de Houla, no sul do Líbano, próximo à fronteira com Israel.
Em sua declaração, o líder do Hesbolá afirmou que, enquanto a ocupação sionsita persistir, ela será enfrentada por meio da equação “Exército, Povo e Resistência”, contra a qual o atual governo do Líbano, já se colocou expressamente contra.
Direcionando-se aos apoiadores da Resistência Islâmica, Qassem pediu paciência e garantiu que “sua liderança, sua Resistência e os combatentes que lutaram estão presentes”.