Na sexta-feira (14), o chefe do escritório de Imprensa do governo de Gaza, Salama Maarouf, denunciou que os israelenses ainda não estão cumprindo os requisitos básicos do cessar-fogo em Gaza, o que pode levar o Hamas a não libertar os prisioneiros no sábado (15).
Ele afirmou: “nenhum trailer [casas temporárias], equipamento pesado ou maquinário vindos do lado egípcio da passagem de Rafah entraram na Faixa de Gaza até o momento, e esperamos que entrem nas próximas horas, de acordo com as garantias das partes relevantes.
Estamos monitorando o comportamento da ocupação e mantendo os mediadores informados diariamente sobre suas violações, enquanto aguardamos que cumpra seus compromissos no acordo de cessar-fogo e comece a introduzir todos os itens incluídos no protocolo humanitário, nas quantidades e tipos especificados, e dentro dos prazos estabelecidos para isso”.
E então ele destacou que: “a realidade humanitária e de vida catastrófica que nosso povo na Faixa de Gaza está sofrendo como resultado da guerra de genocídio e limpeza étnica conduzida pela ocupação ao longo de 15 meses não tolera procrastinação e atrasos na introdução dos itens necessários para abrigo e outras necessidades, como combustível, equipamentos pesados, dispositivos e equipamentos médicos, e materiais para a restauração da infraestrutura. Cerca de um milhão e meio de pessoas ficaram desabrigadas após a destruição de suas casas, enquanto todos os 2,4 milhões de residentes da Faixa de Gaza sofrem com a falta dos serviços mais básicos para a vida e a ausência de infraestrutura”.
O Hamas na segunda-feira (10) paralisou a troca de prisioneiros com “Israel” devido a essas e outras infrações do cessar-fogo. Os mediadores Catar e Egito depois conseguiram convencer o Hamas de que “Israel” cumpria o acordo, o partido então divulgou o nome de 3 prisioneiros que libertaria. Mas agora o governo de Gaza faz essa denúncia, o que deixa a troca em suspenso. Cerca de 370 palestinos seriam libertos no sábado (15).