O governo Cláudio Castro (PL) promoveu a maior chacina da história do Rio de Janeiro. Mais de 130 pessoas assassinadas, corpos estendidos sob lonas, mulheres espancadas, idosos humilhados, crianças aterrorizadas, casas destruídas pelas balas, pessoas decapitadas… nem mesmo os cachorros se safaram. E o governador chamou o massacre de “sucesso”. Outros representantes da política de extermínio da burguesia, como os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO), logo saíram em defesa do banho de sangue.
Política de guerra contra o povo
A operação nos complexos do Alemão e da Penha foi justificada como “combate ao tráfico”. Mas essa “luta contra o crime” é uma farsa: serve para aumentar a repressão sobre a população pobre e — muito provavelmente — para reorganizar o controle do mercado ilegal em favor das milícias ligadas ao próprio governo estadual. Na realidade, é uma guerra do Estado dos capitalistas contra o povo — e uma guerra que envolve facções do próprio aparato criminoso do Estado.
Chacina patrocinada pelo imperialismo
O governo de Cláudio Castro chegou ao ponto de enviar relatórios aos Estados Unidos, tentando classificar o Comando Vermelho como “organização terrorista” para obter apoio da política de guerra de Donald Trump. Essa cooperação com Washington é a confissão: o Rio de Janeiro virou laboratório da repressão imperialista na América Latina. À semelhança disso, o governo dos EUA vem bombardeando navios no Caribe com o pretexto de “combater o tráfico de drogas”. Historicamente, essa mesma política de “combate ao tráfico” foi usada pelos EUA na Colômbia, no México e em toda a região para controlar a situação política nesses países: militarizar, matar e dominar populações inteiras.
Lula precisa denunciar a chacina
O governo Lula tem o dever de denunciar abertamente o massacre e condenar a política de chacinas. A esquerda não pode repetir a propaganda mentirosa da “segurança pública”. Não existe “segurança” enquanto houver miséria, desemprego, fome e repressão. A única forma de acabar com a violência é com políticas sociais, moradia, emprego e educação. Dessa forma, a PEC da Segurança Pública, proposta pelo governo Lula, serve apenas para aumentar a repressão sob o pretexto de “combater o crime organizado”, colocando instituições mais diretamente controladas pelo imperialismo, como a Polícia Federal, artífice do golpe que prendeu Lula e derrubou o governo Dilma, no controle do regime político.
Fim da polícia
A polícia não defende o povo — é o inimigo do povo, um instrumento do Estado burguês contra os trabalhadores. Criada para proteger os ricos, ela é a herdeira direta dos capitães do mato e dos batalhões da ditadura. Enquanto existir a polícia, haverá massacres. Os policiais são completamente alheios às comunidades e favelas que eles invadem. Não se preocupam com inúmeros inocentes que vão morrer, ter suas casas destruídas, seus filhos assassinados, etc. Para combater isso, é preciso defender o armamento completo e total do povo e que as polícias sejam eleitas nos bairros, compostas por moradores dos próprios bairros, com mandatos revogáveis a qualquer momento. A população tem o dever de controlar aqueles responsáveis pela sua segurança.
Fora Cláudio Castro e seu governo!
Fim das polícias!
Formação de comitês de autodefesa dos trabalhadores!
Legalização das drogas já!
Pelo armamento do povo!
Por um governo dos trabalhadores!


