Formação política

Em 2 dias, nossa história após Independência volta a ser debatida

Iniciativa visa formar uma corrente de opinião crítica capaz de dar o combate intelectual às interpretações da história brasileira dedicadas a desmoralizar o País

Na próxima sexta-feira (18), a Universidade Marxista retoma o curso Brasil: 500 anos de história – Uma Interpretação Marxista, com aulas presenciais no Centro Cultural Benjamin Péret (rua Conselheiro Crispiniano, 73, República), em São Paulo, e transmissão ao vivo pela plataforma Universidade Marxista. As aulas do curso são ministradas pelo presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, que na primeira parte, abordou desde a Revolução Francesa até o singular processo de independência do Brasil, encerrando com uma crítica aos ataques identitários contra a história nacional.

O curso começou destacando a importância da Revolução Francesa (1789-1799) como marco das revoluções burguesas, que influenciou movimentos de independência nas Américas, incluindo o Brasil. As aulas exploraram a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808, sob o comando de D. João VI, e as bases econômicas que culminaram na independência de 1822.

Pimenta detalhou o papel de D. Pedro I, descrito como um líder habilidoso que enfrentou a burguesia portuguesa para manter o Brasil unificado. O curso analisou eventos como o Dia do Fico, em 9 de janeiro de 1822, quando D. Pedro resistiu às ordens de retornar a Portugal, e o histórico Grito do Ipiranga, em 7 de setembro, que marcou a proclamação da independência de maneira definitiva.

As aulas também abordaram as batalhas travadas após a independência, fundamentais para manter a unidade da jovem nação, destacando o apoio do Sudeste e Centro-Oeste à emancipação, enquanto províncias importantes como Bahia e Maranhão demandaram uma luta maior para consolidar a expulsão dos portugueses leais a Lisboa.

A Revolução do Porto (1820), em Portugal, foi também debatido como um fator responsável por impulsionar a independência brasileira. Pimenta discutiu aspectos teóricos mais profundos, como a formação da nação e o desenvolvimento histórico, refutando visões simplistas sobre a independência, incluindo a distorcida ideia de que a separação entre Brasil e Portugal teria se dado sob o marco de um “pacto das elites”.

O curso terminou polemizando com o identitarismo, que, segundo Pimenta, distorce a história nacional com acusações infundadas, ignorando a complexidade do processo de independência. Ele criticou a tendência de “avacalhar” a história do Brasil, defendendo uma análise rigorosa e científica.

Lançada em 2022, a Universidade Marxista já abordou os três primeiros séculos do Brasil no primeiro módulo. Dados da plataforma mostram que 2,3 mil alunos se inscreveram desde o início do curso, que continua até a próxima segunda-feira (21). A iniciativa reforça a importância de compreender a história brasileira sob uma perspectiva crítica, para formar uma corrente de opinião crítica capaz de dar o combate intelectual às interpretações da história brasileira dedicadas a desmoralizar o País e o povo.

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