Nesta quarta-feira (12), uma fonte palestina cujo nome não foi divulgado falou à agência de notícias francesa Agence France-Presse (AFP) que os mediadores do Catar e do Egito estão “trabalhando intensivamente” para que o acordo de cessar-fogo continue em vigor.
A fonte afirmou que os mediadores estão em contato com os EUA, “trabalhando intensamente para resolver a crise e obrigar Israel a implementar o protocolo humanitário no acordo de cessar-fogo e iniciar as negociações para a segunda fase”.
A referida crise foi causada por “Israel”, que não está cumprindo integralmente os termos do cessar-fogo, que inclui muito mais do que as trocas de prisioneiros e a retirada parcial das tropas. Dentre as violações perpetradas pela entidade sionista, estão a restrição à entrada de suprimentos humanitários (incluindo materiais para abrigos e casas pré-fabricadas) em Gaza, de forma que os palestinos estão recebendo um quantidade de ajuda humanitária muito inferior ao que foi acordado.
Além disso, “Israel” continua assassinando palestinos: mais de 110 já foram mortos, seja por ataques diretos das forças de ocupação, seja pela restrição à saída de palestinos, que deveriam receber tratamento médico em outros países para sobreviverem.
Em face dessa situação, o Hamas anunciou na segunda-feira (10) a suspensão da liberação dos próximos prisioneiros israelenses, que deveriam ser liberados no próximo sábado. O Hamas declarou que a suspensão foi anunciada com antecedência para que os mediadores tenham tempo de pressionar “Israel” para que cumpra integralmente os termos do acordo.
Noticiando sobre o andamento da crise, a KAN (Coorporação Israelense de Radiofusão Pública) informou, nesta quinta-feira (13), que “Israel está se preparando amanhã para receber os nomes de três prisioneiros que serão libertados no sábado, apesar do gabinete de Netanyahu negar um acordo com o Hamas”, conforme reproduzido pelo órgão de imprensa The Cradle.