Literatura

Brasil se despede do filólogo Evanildo Bechara, aos 95 anos

Nascido em Recife, em 1928, e criado no Rio de Janeiro, Bechara começou sua carreira docente ainda na juventude e publicou seu primeiro livro aos 20 anos

Na última sexta-feira (23), faleceu aos 95 anos o professor Evanildo Cavalcante Bechara, um dos maiores nomes da filologia e da gramática da língua portuguesa. Ele estava internado no Rio de Janeiro, onde vivia, e foi vítima de complicações respiratórias decorrentes da idade avançada. Bechara dedicou mais de sete décadas ao estudo e à difusão da língua portuguesa, deixando um legado inestimável para a educação e a cultura brasileira.

Nascido em Recife, em 1928, e criado no Rio de Janeiro, Bechara começou sua carreira docente ainda na juventude e publicou seu primeiro livro aos 20 anos. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a Cadeira 33, e diretor do Instituto de Lexicografia da ABL. É autor de obras de referência como a Moderna Gramática Portuguesa, que formou gerações de professores, estudantes e estudiosos da língua.

Sua morte foi lamentada por intelectuais e linguistas de diversos países lusófonos. O professor português Malaca Casteleiro o descreveu como “um dos pilares da unidade da língua portuguesa no mundo”. A linguista brasileira Maria Helena de Moura Neves afirmou que “Bechara era um mestre no sentido mais pleno: ensinava com rigor, mas também com encantamento”. Já o filólogo angolano José Luís Mendonça destacou que “se a língua portuguesa tem um coração no Brasil, esse coração batia nas palavras de Bechara”.

Entre os muitos reconhecimentos, Evanildo Bechara recebeu a Comenda da Ordem de Rio Branco, o Prêmio Machado de Assis da ABL e a Medalha de Mérito da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Também atuou como relator do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, sendo um dos principais articuladores de sua implementação no Brasil.

Um texto divulgado pela Academia Brasileira de Letras em sua homenagem sintetizou:
“Bechara não apenas ensinou a língua — ele a compreendeu em sua alma mais profunda. Seu legado será como a própria língua: perene, essencial e vivo.”

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