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Editorial

Uma política para a guerra

Na última sexta-feira (24), comissão da Câmara aprovou projeto que obriga as redes sociais a pagarem os jornais da imprensa burguesa por veicularem suas notícias

Na última sexta-feira (24), a Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que obriga as redes sociais a pagarem os jornais da imprensa burguesa por veicularem suas notícias. As plataformas digitais com mais de dois milhões de usuários no Brasil, como Meta e Google, seriam obrigadas a remunerar a imprensa burguesa.

Agora, a proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ). O relator do projeto, Gervásio Maia (PSB-PB), afirmou que tal pagamento é uma “ação necessária”, argumentando que a ausência dessa remuneração impacta a qualidade das informações disponíveis para a população. “E como é bem sabido, a consequência de um jornalismo fraco é o enfraquecimento da democracia”, afirmou.

O projeto em questão é herdeiro do finado PL da Globo, ou o PL das “Fake News”. No dia 9 de abril, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que o PL não seria mais votado em plenário. “[O texto em tramitação] está fadado a ir a lugar nenhum e não tivemos tranquilidade do apoio parlamentar para votar com a maioria”, afirmou. Ao invés disso, a Câmara criaria um grupo de trabalho para discutir e praticamente reescrever a proposta.

Nesse sentido, o projeto aprovado na Comissão de Comunicação é apenas parte do antigo PL das “Fake News” e, não por isso, é menos perigoso. O imperialismo ajustou sua política para o Brasil e, ao fechar um acordo com o bolsonarismo, começou a rifar Alexandre de Moraes e sua política de censura. Não porque é contra a censura, mas sim porque precisa fechar o regime de maneira menos escancarada.

É nesse sentido que vai a “reformulação” do PL das “Fake News”. A burguesia quer criar uma versão mais refinada da lei que, ao mesmo tempo em que seja tão repressiva quanto – senão mais – que o PL original, possa ser melhor controlada pelo imperialismo.

Finalmente, para a burguesia, censurar e controlar a Internet é mais importante agora do que nunca. O imperialismo foi derrotado no Afeganistão, está sendo derrotado na Ucrânia, foi enfraquecido na África. Depois dessa sequência de derrotas e principalmente depois da operação Dilúvio de Al-Aqsa, em 7 de outubro de 2023, e da Operação Promessa Cumprida do Irã, ficou mais do que claro que o imperialismo está se desfazendo.

A questão agora é: o imperialismo precisa recuperar seu domínio político sobre o mundo. É possível fazê-lo com a situação atual da Rússia, da China e do Irã? Não. Para resolver essa situação, é necessário entrar em guerra, e uma guerra de grandes proporções.

O problema é que o mundo chegou a um ponto em que praticamente qualquer pessoa pode usar um celular e fazer uma reportagem sem recurso algum. É a era da comunicação de todos. Qualquer cidadão pode gravar um vídeo e colocá-lo nas redes para todos verem.

O caso da Palestina deixa isso claro: o mundo inteiro está presenciando as atrocidades cometidas por “Israel” em Gaza. E, portanto, é preciso esconder o que está acontecendo na frente de batalha. 

Desde a Grécia Antiga, sabe-se que, na guerra, a primeira vítima é a verdade. Nesse sentido, a censura que está sendo preparada pelo imperialismo em todo o mundo é uma política para a guerra.

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