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Palestina

Um primeiro dia de Ramadã de Luta em defesa da Palestina!

Já nesse primeiro dia de Ramadã, militantes da cidade de São Paulo estiveram na Avenida Paulista, onde panfletaram, venderam o Jornal Causa Operária e o Dossiê Causa Operária

Neste domingo (10), começou o Ramadã, o nono mês do calendário lunar do Islã, o início de um mês sagrado em que muçulmanos de todo o mundo jejuam do nascer ao pôr do sol. No Islã, o jejum é visto como uma forma de autocontrole e uma maneira de estar mais próximo de Deus, o que faz com que este mês também seja uma época de mais orações e devoção religiosa. Além disso, os muçulmanos também se dedicam à caridade, especialmente à doação de alimentos para a refeição ao fim do dia.

Em face do genocídio que está sendo perpetrado por “Israel” contra os palestinos desde o último 7 de outubro, o Ramadã adquire uma importância ainda maior, pois ocorre no momento em que está em curso a Revolução Palestina, de forma que cada violação aos direitos dos palestinos (algo frequente durante esse mês sagrado) é um potencial estopim para a explosão revolucionária do povo palestino. 

Conforme noticiado neste domingo pela emissora catarense Al Jazeera, o número de mortes por desnutrição no norte da Faixa de Gaza já chega a 25, de forma que a fome extrema se espalha rapidamente pelo enclave, conforme apontado por Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).

Em Rafá, cidade no sul de Gaza que faz fronteira com o Egito, e para onde mais de 1,5 milhões de palestinos foram deslocados forçadamente, crianças protestaram contra a violação de seu direito ao Ramadã: “estamos famintas. Não seremos capazes de observar o Ramadã como os outros muçulmanos ao redor do mundo”, disse uma das crianças. Veja o vídeo abaixo, em reportagem realizada pela emissora libanesa Al Mayadeen:

Children of Rafah protest ahead of Ramadan

Mostrando receio de que a situação no Oriente Médio fuja do controle durante o Ramadã, foi anunciado que o Canadá e a Suécia retomarão a ajuda financeira à UNRWA, que havia sido suspensa tendo como pretexto as mentiras de “Israel”, de que funcionários da agência teriam participado da Operação Dilúvio de al-Aqsa.

No mesmo sentido, nas semanas que precederam o Ramadã, os Estados Unidos tentaram com que fosse firmado um cessar-fogo entre “Israel” e o Hamas. É claro, um acordo que fosse favorável aos sionistas, mas não à resistência. Contudo, conforme foi apontado pela emissora libanesa Al Mayadeen, em matéria publicada no último dia 7, essa tentativa revela o receio do imperialismo de que as ações do governo Netaniarru, impulsionado pelos setores mais fascistas da política israelense, e pelas ações dos colonos, possa resultar em ações que façam a situação fugir ainda mais ao controle dos Estados Unidos.

Por ora, o imperialismo está conseguindo conter parcialmente a Revolução Palestina, conforme apontado por Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), em recente edição do programa Análise Política da Semana. Contudo, segundo destacado pela Al MaydeenDe acordo com um relatório publicado na Axios, o governo dos EUA deu aos seus aliados em ‘Tel Aviv’ até meados de Março para encontrar uma trégua temporária com a resistência palestina em Gaza. O artigo alega que Washington até ameaçou cortar o fornecimento de armas à Entidade Sionista se esta não cumprir.”

E a principal razão para os EUA estarem buscando esse acordo é que a Operação Dilúvio de al-Aqsa, que desencadeou a atual Revolução Palestina, “está enraizada nos ataques israelenses à Mesquita de al-Aqsa, especialmente durante o Ramadã”.

Justamente nesse mês, os sionistas, especialmente os seus setores mais extremistas, tendem a intensificar seus ataques e provocações contra os palestinos e seus locais sagrados. 

Ainda neste domingo (10), Ismail Hanié, líder do Hamas, declarou que o partido (que lidera a resistência palestina) está disposto a firmar um acordo com “Israel”. Contudo, “o inimigo israelense tem até agora evitado dar garantias claras relativamente ao cessar-fogo, à retirada das suas forças ou às garantias para o regresso dos deslocados de Gaza”, disse Hanié.

O líder do Hamas esclareceu que “os princípios em que trabalhámos durante as negociações são o fim da agressão, a retirada total de Israel, o regresso dos deslocados, a dimensão humanitária e um acordo honroso de troca de prisioneiros”.

Contudo, “Israel” não quis realizar nenhum acordo, afinal, significaria mais uma vitória para o povo palestino, contra essa ditadura nazista do sionismo.

Assim, nesse primeiro dia de Ramadã, os sionistas já começaram seus ataques contra os palestinos e muçulmanos. O correspondente da Al Mayadeen relata que as forças israelenses estão atacando fiéis que se dirigem à mesquita de Al-Aqsa para rezar Al-Tarawih.

Ao que tudo indica, mais ataques virão.

Foi prevendo isto que os líderes das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam e das Brigadas Al-Quds (respectivamente os braços armados do Hamas e da Jiade Islâmica) fizeram pronunciamentos nesta semana, anunciando que o Dilúvio de al-Aqsa continuará durante o Ramadã, e que esse mês sagrado será também um mês de luta, um Dilúvio do Ramadã, conforme apontado por Rui Costa Pimenta, neste sábado (9), durante a Análise Política da Semana

No que diz respeito às ações militares, Abu Hamza e Abu Obeida (os líderes militares) exortaram não apenas os palestinos a continuarem lutando contra as forças de ocupação, mas também as demais organizações que compõem o Eixo da Resistência. A este chamado, o Iêmen prometeu continuar operações de apoio a Gaza durante o Ramadã. Hamza e Obeida igualmente instaram os demais países árabes a agirem contra o Estado sionista.

Para além disto, os líderes das brigadas também convocaram os muçulmanos e os povos oprimidos de todo o mundo a se levantarem durante o Ramadã, em mobilizações massivas em protesto contra “Israel”.

Em resposta a isto, Rui Costa Pimenta anunciou que o Partido da Causa Operária irá fazer um Ramadã de luta no Brasil. Segundo o presidente do PCO, os militantes do Partido estarão nas ruas do país todos os dias durante esse mês, panfletando, vendendo jornais, colando cartazes e realizando inúmeras atividades em defesa da Palestina (em especial da resistência armada) e pelo fim do Estado de “Israel”. 

Já nesse primeiro dia de Ramadã, militantes da cidade de São Paulo estiveram na Avenida Paulista, onde panfletaram, venderam o Jornal Causa Operária e o Dossiê Causa Operária (Edição Especial da Palestina). Igualmente montaram a tradicional banca de produtos do PCO, onde são vendidas camisetas, bottons e bandeiras das organizações da resistência (Hamas, Jiade Islâmica, Hesbolá, FPLP, FDLP). 

Portanto, se você, leitor está cansado da paralisia da esquerda, que não move um dedo para defender o povo palestino (nem mesmo a mulher palestina no dia 8 de março), participe-se desse Ramadã de Luta com o Partido da Causa Operária e os Comitês de Luta, para convocar centenas de milhares de brasileiros a saírem às ruas em defesa da Palestina, como já ocorre nos países muçulmanos, europeus e mesmo nos Estados Unidos.

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