Nesta segunda-feira (9), a agência de notícias Reuters publicou um relatório apontando a participação da Turquia no golpe imperialista que buscou derrubar Bashar al-Assad na Síria. O documento cita informações de um “diplomata da região” e de um suposto membro do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), principal organização armada envolvida na ofensiva.
Segundo a Reuters, o HTS teria apresentado ao governo turco detalhes do planejamento da ofensiva, solicitando que Ancara não interferisse. Uma das fontes afirmou que “não havia como” os mercenários avançarem sem primeiro informar a Turquia e que, após essa notificação, “sentiram que haviam recebido a aprovação tácita” do governo turco.
No domingo (8), o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, declarou que o governo “sabia que algo estava por vir”, ao comentar as recentes tentativas de diálogo entre Ancara e Damasco sobre a guerra civil na Síria. A declaração reforça as suspeitas de que a Turquia estava ciente das movimentações dos grupos armados.
Desde o início da guerra, em 2011, a Turquia foi um dos principais apoiadores de grupos que lutavam pela queda do governo sírio, como o próprio HTS e o Exército Nacional Sírio (anteriormente chamado de Exército Livre da Síria). Além de Estados imperialistas, Ancara desempenhou um papel estratégico no financiamento e suporte a esses grupos, aprofundando o conflito e contribuindo para a instabilidade na região.
