Os servidores do IBGE iniciaram uma greve nesta segunda-feira (27), com previsão de término em 29 de novembro, em protesto contra decisões da direção que, segundo eles, ameaçam a autonomia e a qualidade dos serviços do Instituto.
Os grevistas exigem diálogo direto com a gestão, propondo a criação de comissões tripartites envolvendo direção, sindicato e servidores para discutir as mudanças. Entre as críticas, está a criação da fundação IBGE+, que representa risco à autonomia do órgão ao permitir o financiamento por recursos privados, comprometendo sua credibilidade como responsável pelas estatísticas oficiais do país.
Além disso, os servidores questionam a proposta de deslocamento das diretorias de Pesquisas e Geociências para fora do eixo central do Rio de Janeiro, prejudicando as atividades finalísticas do Instituto.
Outra reclamação refere-se à mudança no regime de trabalho, de remoto integral para híbrido, implementada sem consulta prévia, o que resultou na demissão de técnicos.
Nas palavras do sindicato:
1 – A criação da Fundação Pública de Direito Privado IBGE+: Os servidores criticam a criação de uma fundação pública de direito privado, IBGE+, que foi criada sem diálogo prévio com servidores e que poderia prejudicar a autonomia e a independência do órgão ao possibilitar o recebimento de recursos privados para a realização de pesquisas.
2 – Mudança dos servidores do Complexo Chile para local sem infraestrutura de transporte e acessobilidade:A transferência dos servidores do complexo da Avenida Chile, que abrange as diretorias de Pesquisas, de Geociências e de Tecnologia e Informação para prédio do SERPRO no bairro do Horto é vista como uma medida que pode afetar negativamente o trabalho e a qualidade de vida dos servidores, que gastarão mais tempo e mais dinheiro para chegar ao trabalho.
3 – Alteração no regime de trabalho: Os servidores também se opõem às mudanças no regime de trabalho de forma intempestiva e sem considerar as normas do Ministério de Gestão e Inovação, que podem prejudicar a qualidade dos serviços.
É preciso apoiar integralmente a greve dos trabalhadores do IBGE!