A cada dia surgem novas informações sobre as torturas perpetradas pelos militares israelenses contra prisioneiros palestinos.
Nesta terça-feira (27), a organização Human Rights Watch (HRW) publicou testemunho de Walid Khalili, paramédico palestino e motorista de ambulância que foi sequestrado pelos sionistas no mês de novembro, quando ele estava indo resgatar palestinos que haviam sido feridos pelas forças de ocupação. Segundo Khalili, ele foi sequestrado, pois testemunhou os sionistas executarem os quatro palestinos que estavam feridos. Antes mesmo de ser preso, os soldados israelenses o agrediram utilizando seus rifles e pontapés, quebrando algumas de suas costelas.
Khalili ficou encarcerado nos campos de concentração de Sde Teiman e Neguev (Al-Naqab), em “Israel”. Lá, foi vítima de interrogatório, em que os sionistas o perguntavam sobre o Hamas e onde ele estava no dia 7 de outubro. “A cada pergunta, eu recebia choques elétricos para me acordar. Ele me disse confesse e nós pararemos de torturá-lo”, declarou o palestino à HRW.
Além disto, Khalili informou que também foi drogado com uma substância desconhecida, que o “me fez sentir estranho, foi a primeira vez que me senti assim, como se minha mente interior estivesse falando o que estava em meu coração, não eu”, que o fez alucinar.
Os sionistas também perguntaram “quantos filhos eu tenho, todos os seus nomes, meu endereço” ameaçaram de assassinar seus filhos, caso o prisioneiro palestino não falasse o que eles queriam ouvir.
Após essas sessões de tortura, que se deram em Sde Teiman, Khalili foi levado para o campo de Neguev, onde conheceu um prisioneiro palestino que visivelmente havia sido torturado. Khalili informou à HRW que esse prisioneiro estava visivelmente “sangrando pelo traseiro” e que, ao conversar com ele, o prisioneiro lhe disse “três soldados se revezaram para estuprá-lo com um M16 [rifle de assalto]”.