O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) se reuniu esta sexta-feira (20). O tópico das discussões era os ataques de “Israel” ao Líbano, mas horas antes da reunião do conselho, as forças de ocupação israelenses lançaram um novo bombardeio no subúrbio sul da capital do Líbano, Beirute, que resultou no colapso de um prédio residencial, matando e ferindo dezenas de pessoas.
Fu Cong, representante permanente da China nas Nações Unidas, disse que a detonação de milhares de dispositivos de comunicação de uma só vez “chocou” a China.
Cong explicou que o ataque foi “sem precedentes” e violou o direito internacional. Ele ressaltou que a decisão de realizar tal ataque é uma evidência de “desrespeito às leis internacionais” e “merece nada além de condenação.”
“Agora todos sabem quem é o responsável por esse crime, e eles devem ser responsabilizados,” acrescentou Cong.
O representante permanente da Rússia na ONU, Vassili Nebenzia, disse que os crimes cometidos em espaços públicos no Líbano equivalem a ataques terroristas, e que a detonação de dispositivos de comunicação em tais áreas ameaça todo o Oriente Médio.
O diplomata russo também condenou as ações de Israel, afirmando que o país não fez nenhum esforço para esconder seu envolvimento no ataque à capital libanesa, Beirute. Além disso, explicou que Israel não teria executado tais ataques terroristas se não tivesse o apoio dos Estados Unidos.
A Rússia também ressaltou a necessidade de identificar a origem dos dispositivos de comunicação detonados.
“Entretanto, na região, os fatos foram analisados, as ligações foram feitas e as conclusões relevantes tiradas. Consideramos o que aconteceu como um ato terrorista, que representa uma ameaça à paz e segurança internacionais, com consequências imprevisíveis para todo o Oriente Médio“, afirmou Nebenzia.