A Conmebol aplicou, na terça-feira (17), uma nova regra “contra o racismo” nas partidas da Sul-Americana e da Libertadores. A ideia foi aprovada no último Congresso da Fifa, em maio deste ano, e teve o apoio das dez confederações do continente. Ela é a mesma que a da La Liga da Espanha. A América Latina volta a ser colonizada, agora pelo imperialismo identitário.
Ao cruzar as mãos à altura do pulso, os jogadores podem indicar aos árbitros que estão sendo submetidos a insultos racistas. Ao ver esse sinal, o juiz deverá iniciar o procedimento padrão.
No primeiro momento, a partida será interrompida e todos serão avisados dos incidentes. Se isso não for o suficiente, a partida será temporariamente suspensa, com jogadores e árbitros deixando o campo e indo para os vestiários. Em último caso, a partida é suspensa definitivamente.
Além disso, seguem as previsões de multas financeiras ou punições parciais, ou totais nas cargas de ingressos para os times que tiverem torcedores cometendo infrações.
Ou seja, avança a política fascista de punição coletiva. Se um torcedor for considerado racista, todo o time pode ser multado. As grandes arbitrariedades do Estado e de forças políticas poderosas, como as organizações que controlam o futebol, começam, assim, com supostos bons motivos. E terminam como aconteceu com o Botafogo, punição coletiva ao clube porque torcedores se manifestaram contra a Crefisa e a CBF.
A ditadura contra as torcidas é uma política antiga da burguesia para o futebol. É preciso deixar o esporte da classe operária sob controle. Não existe luta contra o racismo vindo dos capitalistas que controlam o futebol. É a tradicional política repressiva da direita, com o verniz identitário.