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Meio ambiente

PSTU: porta-voz do imperialismo na esquerda

Opinião Socialista, conforme aumenta a polarização mundial, afunda mais ainda em sua adesão à política imperialista das ‘mudanças climáticas’

Apocalipse

A matéria “Em todo o Brasil, a barbárie climática bate à porta”, publicada no sítio Opinião Socialista nesta sexta-feira (13), mostra, mais uma vez, que PSTU se tornou um porta-voz do imperialismo dentro da esquerda.

Como estratégia para defender a política do imperialismo, o Opinião Socialista adota um tom alarmista logo de início, como podemos verificar: “A capital São Paulo e grande parte das cidades do país estão acordando sob um manto de fumaça. No início da semana, a capital paulista se tornou a metrópole mais poluída do mundo. Mas herdou esse título das cidades da Amazônia Ocidental que, no mês passado, foi a região mais poluída do mundo. Em São Paulo, a fumaça dos incêndios da Amazônia, do Pantanal e de partes do Cerrado se misturam às partículas de poeira lançadas pelas ininterruptas obras da construção civil, alimentadas por uma especulação imobiliária monstruosa, e da fumaça que sai dos escapamentos dos mais de 6,2 milhões de automóveis que compõem a frota da cidade”.

Poluição, Amazônia, Pantanal, Cerrado e fumaça de escapamentos são temas sempre presentes na demagogia sobre as mudanças climáticas. A novidade, talvez, é que o PSTU passa a atacar a construção civil, um ramo que gera inúmeros empregos, além de ser uma necessidade, a especulação imobiliária tem que ser discutida e combatida como um problema à parte.

Reforçando o clima apocalíptico, o texto diz que “parece um cenário de Mad Max ou Blade Runner”; e ainda que “o país vive sua maior seca desde 1950. Uma consequência dos eventos climáticos extremos provocados pelo aquecimento global. O ano passado foi o mais quente dos últimos 125 mil anos, mas 2024 tem tudo para superar essa marca”.

Já dissemos aqui, mas vale repetir, que no ano mil depois de Cristo houve uma grande seca que derreteu a neve nos Andes, provocando o desaparecimento da civilização Tiahuanaco. Não havia queima de combustíveis fósseis, escapamentos de automóveis, “aquecimento global” etc.

Esse foi apenas um exemplo, existem inúmeros, de que o clima muda independentemente da ação humana, que tem, sim, alguma interferência, mas não sabemos exatamente qual seja. O que interessa é se existem políticas preventivas para minimizar ou controlar tais eventos. O imperialismo, que tanto fala em “catástrofes climáticas”, não liga para a defesa da natureza, utiliza a questão do clima apenas para pressionar e oprimir países atrasados.

Os culpados

Segundo a matéria, os responsáveis por essa situação“não é toda a humanidade, mas sim uma pequena parte dela formada por grandes empresários e latifundiários capitalistas. A temperatura média global da Terra aumentou devido ao voraz consumo de combustíveis fósseis que correm nas veias da acumulação do capital e lançaram ininterruptamente toneladas de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera”. Será que o PSTU vai reviver o ludismo e passará a destruir as máquinas?

Não é possível afirmar que o aumento de temperatura seja consequência direta do consumo de combustíveis, não existe consenso sobre o tema, apesar de que a imprensa burguesa dê destaque apenas para aqueles que dizem que sim, e cale a voz dos cientistas que contestam a tese do aquecimento global.

O que o PSTU está fazendo é atacar o desenvolvimento, confundindo com a crítica ao capitalismo e sua ação predatória.

A Amazônia e elogio do imperialismo

O Opinião Socialista entra no falatório da proteção da Amazônia e chega ao absurdo de elogiar a política do imperialismo para o Brasil, como atesta o seguinte trecho: “Existe uma lei de ferro na Amazônia: onde tem rodovia também existe desmatamento e fogo. Afinal, elas foram construídas pela ditadura para promover o avanço do capital nacional e estrangeiro aos recursos minerais e para ocupação da região pela agropecuária. Não por acaso, Chico Mendes, líder do movimento seringueiro, se tornou mundialmente famoso quando conseguiu que o Banco Mundial interrompesse o financiamento da BR-364. Esse foi um dos principais episódios que levaram os grandes fazendeiros a assinarem sua sentença de morte. Seu martírio ajudou a preservar a Amazônia. Mas até quando?”.

Quem pode, em sã consciência, acreditar que Chico Mendes teria conseguido barrar uma rodovia? Esse foi apenas um pretexto utilizado pelo imperialismo, por meio do Banco Mundial, para barrar o desenvolvimento da Amazônia.

A pequena burguesia, que não vive na Amazônia, e que desfruta dos benefícios da energia elétrica, da internet, dos meios de transporte etc., quer negar o mesmo direito à população que vive na Região Amazônica. Essa política reacionária, no entanto, serve apenas aos interesses do grande capital, que quer impedir que o Brasil se desenvolva e explore suas riquezas.

O PSTU, assim como o imperialismo, não quer o desenvolvimento brasileiro, quer que nossas riquezas permaneçam intocadas, até que possam ser devidamente exploradas no momento propício. Por isso entra na campanha patrocinada pelo grande capital para impedir que exploremos nosso petróleo, afirmando, como Marina Silva, que é “evidentemente, que o país também precisa suspender a abertura de novas fronteiras de exploração de petróleo como a Margem Equatorial e investir pesadamente em outras fontes de energia renováveis, estatizando todos os recursos energéticos. Qualquer plano de reindustrialização do país passa por uma revolução das fontes de energia, e não pelo tosco neodesenvolvimentismo fóssil de 70 anos atrás. Um “desenvolvimentismo”, aliás, apenas retórico e que nos leva (como nos levou) a uma maior dependência ao imperialismo”.

A matéria fala de “revolução das fontes de energia”, mas não explica como manter hospitais, escolas, indústria etc., funcionando com as tais energias ‘limpas’, que servem apenas para enganar pequeno-burguês.

A adesão completa do PSTU à política do imperialismo é o principal fator da falência política desse grupo que se diz marxista e de que esquerda. Conforme aumenta a polarização política mundial com a crise imperialista, a classe trabalhadora se afasta cada vez mais desses setores ligados, ou que defendem o programa imperialista, mesmo que travestidos de trotskistas.

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