O poliovírus, causador da poliomielite (paralisia infantil), foi detectado em um bebê de dez meses, na cidade de Deir al-Balah. A presença do vírus em Gaza já havia sido detectada em amostras de esgoto na referida cidade e, igualmente, em Khan Younis, coletadas em 23 de junho. Na ocasião, a Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestara “preocupação extrema” com possível surto epidêmico.
Nesta semana, referida organização anunciou que pretende enviar 1,6 milhão de vacinas a Gaza. Contudo, há o risco de que “Israel” barre a entrada, como vem fazendo com a ajuda humanitária em geral.
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas (ONU), declarou que se não houver um cessar-fogo, será necessária uma pausa temporária para que a imunização das crianças palestinas seja realizada.
Desde o início do genocídio, os bombardeios de “Israel” destruíram praticamente toda a infraestrutura de saneamento e de prevenção de Gaza, de forma que esgoto corre a céu aberto nas principais cidades. Além disto, dos 36 hospitais de Gaza, apenas 16 estão operando de forma precária, assim como 45 das 105 instalações de saúde primária.
Em declaração, o Ministério da Saúde de Gaza denunciou que “Israel” tem impedido as equipes médicas de circularem livremente pela Faixa de Gaza, numa tentativa de vacinar crianças contra as doenças recentemente descobertas da poliomielite, conforme noticiado pela Quds News Network. Segundo o Ministério, “a ocupação israelense que mata crianças incessantemente nunca permitirá que sejam vacinadas”.