A polícia britânica de contraterrorismo invadiu, na última quinta-feira (18) a casa do jornalista e editor associado do site The Electronic Intifada, o inglês Asa Winstanley.
Segundo informações do Electronic Intifada, cerca de 10 policiais adentraram a casa do jornalista em Londres, por volta das 6 da manhã, entregando de forma abrupta o mandado e outros documentos que supostamente os autorizaram a revistar a casa do jornalista e o seu veículo automotor em busca de dispositivos e documentos que deveriam ser apreendidos.
Grande defensor da Palestina com atuação nas redes sociais, os policiais informaram que ele estava sendo investigado dom base na Lei do Terrorismo sancionada em 2006, por conta de suas postagens nas redes.
Além disso, o site Electronic Intifada noticiou que Winstanley havia também recebido uma carta endereçada pelo Comando de contraterrorismo segundo a qual ele estaria sendo investigado por delitos de terrorismo por conta das suas redes sociais.
O conteúdo da carta apontava para o descumprimento das seções 1 e 2 da Lei do Terrorismo, relacionadas ao delito de “incentivo ao terrorismo”. Segundo essa carta, o ataque contra Winstanley foi conduzido como parte de uma operação com o codinome “Operação Incessantes” que investiga suspeitas de crimes terroristas de apoio a uma “organização proibida” e “disseminação de documentos terroristas”.
Winstanley, que é ativo em várias plataformas de mídia social e nas quais defende não apenas a Palestina, mas a luta do povo palestino, em especial o Hamas e o seu braço armado, as Brigadas al-Qassam, uma semana atrás havia publicado no Intifada um artigo intitulado “Como Israel matou centenas de suas próprias pessoas no dia 7 de outubro”. No artigo, o jornalista fala sobre a incompetência das Forças de Defesa de Israel (FDI) e a diretiva Hannibal para demonstrar quem foi o verdadeiro culpado por centenas de mortes ocorridas no dia 7 de outubro durante a operação Dilúvio de Al Aqsa, as quais são caluniosamente atribuídas pela imprensa burguesa ao Hamas.
Winstanley é mais uma vítima da censura às vozes que desafiam o imperialismo e procuram defender a Palestina denunciando o genocídio cometido pelos sionistas na Faixa de Gaza e principalmente apoiando a brava resistência palestina liderada pelo Hamas.
Recentemente também foram perseguidos e até mesmo detidos jornalistas como Richard Medhurst, Jeremy Loffredo, Scott Ritter, dentre muitos outros.