Nesta quarta-feira, 7, agentes da polícia federal dos EUA (FBI, na sigla em inglês) e polícia do estado norte-americano de Nova Iorque invadiram a casa de um dos maiores apoiadores da Rússia no país, o ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos e inspetor de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) Scott Ritter, que também é colaborador do órgão russo RT. A invasão se deu na rua Bethlehem Township, na cidade de Nova Iorque.
Os policiais levaram caixas, em pleno meio-dia, com “mais de duas dúzias de caixas”. Segundo Scott, negando qualquer irregularidade, mesmo com mandado de busca dos agentes, o ato está “relacionado a preocupações do governo dos EUA sobre violações da Lei de Restrição de Agentes Estrangeiros (FARA)”. Essa ação é intimidatória. Ele está sendo considerado um agente estrangeiro.
Scott é um ex-major do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, serviu como inspetor de armas da ONU e ficou contra a invasão dos EUA ao Iraque em 2003, alegando que Saddam Hussein não tinha armas de destruição massa alguma, como alegava o governo americano, que já estava ensaiando uma invasão tendo como lastro de justificativa a mentira e a violência contra a população e governo iraquiano.
Antes, quando tentou comparecer ao Fórum Econômico Internacional em São Petersburgo, na Rússia, teve seu passaporte apreendido.“Eu estava embarcando no voo. Três policiais me puxaram de lado. Eles pegaram meu passaporte. Quando perguntei por quê, disseram ‘ordens do Departamento de Estado’. Não tinham mais informações para mim,” disse Ritter.
“Quando ele se manifestou contra a Guerra do Iraque no início dos anos 2000, ele foi vilipendiado em todos os lugares. Honestamente, ele estava certo. Ele disse que não havia armas de destruição em massa no Iraque.” disse Jim Hoffman, vizinho de Rittter, ao Times-Union, deixando mais claro o porquê de tanta perseguição: trata-se de um cidadão crítico de algumas ações imperialistas de seu país.
Scott Ritter é perseguido nas redes sociais e sua situação só mostra que o imperialismo americano está disposto a atacar de todas as formas, inclusive tendo como alvo até colaboradores das instituições ligadas ao imperialismo. Discordar de uma ou outra ação já é motivo de ataques e perseguições.
O imperialismo segue em sua guinada de desespero e não poupará munições para atacar, silenciar as redes sociais e aterrorizar opositores. Esse é um momento importante para a resistência de toda a classe trabalhadora mundial, anti-imperialista e disposta a continuar atuando para enfraquecer esse grande inimigo, o imperialismo americano e seus capachos.
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