Na terça-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e mais 15 pessoas foram indiciados pela Polícia Federal por falsificação de certificados vacinais. Segundo a PF, o grupo incluiu informações falsas em um sistema do Ministério da Saúde, para beneficiar o ex-presidente, parentes e auxiliares dele.
O processo surgiu em 2023, quando a Polícia Federal deflagrou uma operação para cumprir 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão, contra investigados. Alexandre de Moraes, do STF, foi o responsável pela operação.
Com o indiciamento, o processo segue para análise do Ministério Público Federal (MPF), que vai decidir se apresenta ou não denúncia contra os indiciados.
Segundo as investigações, um grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas no ConecteSUS para obter vantagens ilícitas. O objetivo do esquema era obter certificados de vacinação contra a Covid-19. A PF afirma que as informações falsas foram colocadas nos sistemas do Ministério da Saúde poucos dias antes de Bolsonaro viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022. À época, os Estados Unidos exigiam comprovante de imunização contra a Covid-19 para que estrangeiros entrem no país.
O motivo pequeno para ser indiciado pela polícia e a importância política do alvo indicam quem é mais uma operação política da PF. Algo que não é novo, se tornou recorrente durante a Operação Lava Jato, quando o principal alvo era o presidente Lula.