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Análise Política da Semana

“O imperialismo está declarando guerra contra o mundo”

Segundo Rui Costa Pimenta, o discurso de Lula na abertura da Assembleia Geral da ONU foi “fora da realidade” por não levar em conta a guerra generalizada que se avizinha

Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), apresentou no último sábado (28) sua tradicional Análise Política da Semana, a mais importante análise de conjuntura do Brasil. O programa é amplamente conhecido pela correção das análises e as previsões que daí decorrem, além da orientação concreta e bem explicada sobre como os militantes da esquerda devem encarar e enfrentar os problemas da luta de classes.

 

O dirigente do PCO iniciou esta edição do programa prestando uma homenagem a Hassan Nasseralá, líder do Hesbolá e dirigente histórico da luta por libertação no Oriente Médio contra o imperialismo. Nasseralá foi covardemente assassinado por “Israel” no próprio sábado, em meio aos bombardeios perpetrados pelos sionistas contra a população civil do Líbano. Pimenta destacou, no entanto, que os movimentos de resistência daquela região são muito bem organizados. Portanto, mesmo com a perda de um líder da envergadura de Nasseralá, o Hesbolá não terá um grande prejuízo em sua organização.

 

“A luta do Hesbolá vai continuar exatamente como vinha se desenvolvendo”.

 

Em seguida, como é tradicional, Rui Pimenta fez um balanço do recrudescimento da censura em todo o mundo. Ele destacou o banimento da RT e da Sputnik (dois dos principais veículos de imprensa da Rússia) do Tik Tok, após já terem sido retiradas das redes sociais da Meta (empresa dona do Facebook, Instagram, etc).

 

“A censura tá comendo solta contra todo mundo que denuncia a política de guerra da OTAN”

 

Ele também avaliou as ações de Alexandre de Moraes, principal representante dessa política repressiva no Brasil. Pimenta mostrou que o judiciário brasileiro está se comportando como uma verdadeira máfia, utilizando as ferramentas de repressão estatal para chantagear os inimigos políticos. Ele destacou o embate entre o X (ex-Twitter) e Moraes, onde o último utiliza de todos os métodos mais anti-democráticos possíveis para perseguir a empresa e aprofundar a censura.

 

“A única defesa dos direitos democráticos é o povo se mobilizando. Não vai ser nenhum juiz autoritário que vai defender a democracia.”

 

O presidente do PCO falou também sobre o problema do fundo eleitoral de seu Partido. O PCO teve seu direito garantido apenas no dia 25 de setembro, há pouquíssimos dias da eleição, após um enorme atraso. Utilizando o tema como gancho, Pimenta fez uma análise sobre o funcionamento das eleições brasileiras e quão anti-democrática ela é, cheia de restrições e manipulações da grande imprensa e do judiciário. Ele também destacou que o atraso na entrega do fundo eleitoral é uma clara perseguição a seu Partido.

 

Ainda, Pimenta fez uma breve avaliação da decadência do regime político brasileiro, demonstrando que o aprofundamento das características anti-democráticas do regime revelam essa decadência. O crescimento da extrema direita, em si, também é um dado da falência do regime, assim como o retrocesso da esquerda, principalmente do PT, que tem chances de eleger um prefeito em apenas uma capital brasileira.

 

Diante do grande imbróglio das eleições da cidade de São Paulo, o presidente do PCO, aprofundando seus argumentos anteriores, fez uma série de denúncias sobre Guilherme Boulos, o candidato apoiado pelo PT. Pimenta lembrou das relações do candidato com o golpe de Estado de 2016 e destacou a campanha cada vez mais direitista de Boulos.

 

Um destaque importante do programa sobre política internacional foi para os EUA. O Congresso norte-americano aprovou, na última semana, 25 leis contra a China, incluindo sanções contra integrantes do governo chinês por conta de supostas intenções dos chineses de invadir Taiwan. As medidas são mais duras do que as realizadas contra a Rússia. O problema, segundo Pimenta, é que a China tem se desenvolvido e possui planos de industrialização em outros países. Os chineses têm interesse nesse desenvolvimento para comercializar seus produtos, mas o imperialismo não é capaz de aceitar essa situação, pois diminui a capacidade deles de opressão do mundo todo.

 

O tema principal foi o discurso de Lula na abertura da Assembleia Geral da ONU, no qual ele caluniou a resistência palestina. Pimenta destacou que o discurso esteve totalmente fora da realidade altamente belicosa da situação política mundial. Apesar do caráter altamente direitista do discurso, o Estado de São Paulo chamou Lula de “santo do pau-oco”, mostrando que a tentativa de conciliar com a burguesia nacional falhou. Também foi desagradável para a esquerda mundial, que apoia a Palestina, quando chamou o 7 de Outubro (dia da operação do Hamas pela libertação da Palestina) de ação de fanáticos religiosos. Ou seja, na tentativa de agradar todo mundo, apenas desagradou.

 

De acordo com Pimenta, isso ocorre justamente por um erro fundamental da análise política de Lula. Ao tentar se equilibrar num mundo onde as tensões internacionais crescem ininterruptamente, ele apenas perde credibilidade e importância diante de todos os envolvidos. A política de Lula carece de bases reais. Ele tenta manter uma política que sempre utilizou, mas a situação política internacional absolutamente não permite isso. De acordo com o dirigente do PCO, o imperialismo está se preparando para uma guerra total contra todos os povos oprimidos do mundo. Enquanto isso, Lula se dedica a falar de paz mundial e sustentabilidade.

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