No cenário conturbado da Palestina do pós-Segunda Guerra Mundial, o Exército de Libertação Árabe (ELA) emerge como um símbolo de resistência e unidade entre os países árabes vizinhos. Fundado em 1948 durante a Guerra Árabe-Israelense, o ELA foi concebido pela Liga Árabe como uma resposta militar para proteger os interesses palestinos recém-ameaçados pela criação do Estado de “Israel”.
O Exército de Libertação Árabe, também conhecido como Exército de Salvação Árabe, foi liderado por Fawzi al-Qawuqji e composto por voluntários de várias nações árabes, incluindo Síria, Líbano, Jordânia, e também contando com participantes da Irmandade Muçulmana do Egito, Circassianos, e outros. Seu objetivo era enfrentar as forças israelenses e apoiar a resistência palestina, estabelecendo uma frente unificada sob a coordenação da Liga Árabe.
Desde sua criação, o ELA esteve envolvido em diversas operações militares, incluindo emboscadas, sabotagens e confrontos diretos com as forças judaicas. O comando do Exército de Libertação Árabe estava centralizado no Comitê Militar da Liga Árabe, com sede em Damasco, e era composto por líderes de diferentes países árabes. O General Ismail Safwat do Iraque era seu Comandante-Geral, com apoio de figuras influentes como Taha al-Hashimi, do Iraque, e outros oficiais superiores da Síria, Líbano e Transjordânia.
O legado do ELA permanece como um testemunho da solidariedade árabe durante um período crucial da história palestina. Enfrentando desafios logísticos e estratégicos significativos, o Exército de Libertação Árabe representou um esforço conjunto para proteger os interesses palestinos e desafiar a expansão sionista na região. Sua presença não apenas simbolizou a resistência armada, mas também reforçou o compromisso árabe com a causa palestina em um momento de mudanças geopolíticas profundas no Oriente Médio.