Nesta quarta-feira (11), as forças israelenses de ocupação jogaram duas bombas sobre a escola al-Jaouni, no quinto ataque contra o local desde outubro.
A escola, localizada no campo de refugiados de Nuseirat, região central de Gaza, vem servindo de abrigo para cerca de 12 mil civis palestinos, a maioria deles mulheres e crianças. Segundo informações Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), pelo menos 18 pessoas foram mortas. Dentre elas, seis membros da agência de ajuda humanitária, inclusive o diretor do abrigo.
Correspondente local da emissora Al Jazeera entrevistou sobreviventes, e um deles afirmou que a parte da escola que foi atacada era “dedicada apenas às mulheres”. Descrevendo o ataque, o sobrevivente disse que “de repente, houve uma grande explosão… Mulheres e crianças foram explodidas em pedaços. Corremos para ver nossas crianças, mas as encontramos despedaçadas”.
Outra sobrevivente perdeu todos seus seis filhos no ataque criminoso de “Israel”. Em declaração à Al Jazeera, ela disse “essas crianças são terroristas? Que Deus os castigue [os sionistas]. Os israelenses destruíram nosso lar; mataram e deixaram nosso povo faminto; mulheres ficaram viúvas e crianças órfãs.”
O exército sionista disse que bombardeou o local porque lá estava um centro de comando do Hamas. Mas, novamente, nenhuma prova foi fornecida.
Desde o início de agosto, após “Israel” assassinar covardemente Ismail Hanié, então líder do birô político do Hamas, e principal negociador de um acordo de paz, as forças de ocupação já bombardeou pelo menos seis escolas, locais onde milhares de civis palestinos, especialmente mulheres e crianças, tentam se refugiam do genocídio.
Ante o massacre, o Escritório de Imprensa do Governo de Gaza publicou declaração condenando “a ocupação ‘israelense’ por cometer este novo massacre e os contínuos massacres contra civis, crianças e mulheres” e apelando “a todos os países do mundo para que condenem estes crimes contínuos contra pessoas deslocadas e civis”. O governo palestino em Gaza considera “a ocupação ‘israelense’ e a administração dos EUA totalmente responsáveis pela continuação deste genocídio e pelos massacres em curso contra civis na Faixa de Gaza”. Assim, insta “a comunidade internacional e todas as organizações globais e internacionais a pressionarem a ocupação para parar o genocídio e acabar com a cascata de sangue na Faixa de Gaza”.