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Valéria Guerra

Historiadora, artista (atriz) sob DRT 046699-RJ. Jornalismo UMESP-SP, término neste ano corrente. Bióloga e professora da Rede Estadual do Rio de Janeiro. Colaboradora textual do Site Brasil 247 há 4 anos. Escritora com livros publicados e textos para inúmeras Antologias, inclusive concursos de textos teatrais. Mestrando em psicologia da Educação. Escreveu o livro “Eu preciso de um Hulk” que se transformou em peça homônima

Coluna

Mulheres na vitrine do capitalismo

"Mulheres burguesas com suas famílias burguesas ficaram na vitrine do bel prazer, nutridas de sombra e água fresca"

A Revolução Industrial mudou as bases do pensamento humano: e pariu uma sociedade de consumo, onde as mulheres também foram aferroadas.

Mas não foram todas elas.

Mulheres burguesas com suas famílias burguesas ficaram na vitrine do bel-prazer, nutridas de sombra e água fresca.

E o operariado feminino foi explorado amargamente. A fúria avassaladora dos caçadores de lucro não poupou seus esforços em subjugar a “fragilidade” feminina sob todos os ângulos. Quantas mulheres feneceram pelas mãos “invisíveis” do celerado Mercado?

Milhares, dentro de uma evolução histórica que não poderia ficar imperceptível aos olhos das alunas e alunos do Brasil e do mundo. A opressão é histórica, e o historiador olha para o fato e depois, como dever de ofício, o deixa translúcido diante dos cérebros humanos ávidos de saber, porém, sufocados pela sombra dos fascismos, machismos e outras ideologias nefastas.

O manancial historiográfico nos lega que em 25 de março, em Nova Iorque, ocorreu um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwais devido às portas trancadas, algumas pessoas saltaram pelas janelas o que as levou à morte assim como trabalhadoras morreram no local de trabalho. Estudos mostram que 146 pessoas morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens, na maioria judeus e jovens mulheres imigrantes. Alguns dizem que é lenda… será?

E se já não bastasse tudo isso existe uma vitrine de mulheres transformadas em mercadoria, e isso reflete o quanto o grande plano do capitalismo formatou homens e mulheres na forma da irreflexão: a contar a história das massas alienadas pelo hiperconsumo.

O modelismo, com seu esteticismo, criou um balcão de ilusões que fatiou o corpo e a mente do gênero feminino, mais desavisado a respeito da historicidade. E por isso, muitas meninas e mulheres apostaram suas fichas no mundo empresarial artístico, sendo levadas por raposas atravessadoras, até às garras de abutres, como o senhor “Stromboli” gerente da Ilha dos Prazeres, à guisa do que aconteceu com o Pinóquio no desenho da Disney, lançado nas telonas, em 1940.

O preço pago pelos efêmeros prazeres, ao final, seria ser transformado em burro, sob a pena de escravização eterna.

Espero, do fundo da minha alma, que todas as brasileiras e brasileiros conquistem o direito à igualdade social, através de um processo educacional digno e não eleitoreiro.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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