O caso Daniel Alves segue em curso na Espanha. O craque brasileiro foi preso preventivamente antes do julgamento sob a acusação de assédio sexual em janeiro de 2023. O Ministério Público da Espanha pediu uma pena de 9 anos de prisão sem direito a finança. A suposta vítima, de 23 anos, afirmou que Daniel Alves a obrigou a ter relações sexuais sem o seu consentimento em um banheiro da boate em Barcelona.
Depois de um ano preso, finalmente acontecerá o julgamento do jogador, entre os dias 5 e 7 de fevereiro. O Ministério Público da Espanha pediu para que o julgamento de Daniel Alves seja realizado inteiramente a portas fechadas para preservar a privacidade da vítima. Segundo o pedido do MP, apenas o advogado responsável pelo caso, além dos advogados de acusação e defesa do jogador, estarão presentes no Tribunal de Barcelona. Veículos de comunicação não teriam permissão para assistir ao julgamento.
O Ministério Público sustenta que a medida é “indispensável” para proteger o direito da vítima à privacidade. A defesa da jovem também exigiu que o tribunal realizasse o julgamento de portas fechadas. Os advogados de Daniel Alves não contestam os pedidos. A previsão é que o Tribunal de Barcelona não se oponha à solicitação. Ele deve responder ao pedido do MP em breve.
O padrão do processo muda nesse julgamento. Desde o princípio o caso foi todo amplamente divulgado pela imprensa. Até mesmo a notícia de Neymar estar supostamente ajudando Alves financeiramente a pagar seus advogados foi amplamente divulgada. O fator midiático mostra que há uma clara perseguição ao jogador. A prisão preventiva por um ano é totalmente absurda, demonstra que a Espanha já é uma ditadura, principalmente para os imigrantes.
Os identitários, por sua vez, cegos em sua defesa intransigente do judiciário burguês, não percebem que estão ao lado do governo imperialista da Espanha contra um negro brasileiro. O identitarismo se mostra como uma defesa intransigente não do negro, da mulher ou de qualquer oprimido, mas sim do aparato de repressão do Estado que usa uma suposta defesa dos oprimidos como demagogia.
Agora é preciso esperar as decisões do tribunal. O sigilo pode indicar tanto que ele será inocentado e por isso não querem que a imprensa divulguem ou o oposto será tão absurdo que é demais para a própria imprensa. No fim, Daniel Alves segue sendo mais uma das vítimas da ditadura do judiciário que se forma em quase todo o planeta.


