A partir de hoje, 25 de setembro, o Partido da Causa Operária (PCO) iniciará uma grande ofensiva nas ruas de várias cidades, com a meta de distribuir sete milhões de panfletos até o dia 6 de outubro, data em que ocorrerão eleições nos mais de 5 mil municípios brasileiros.
Todas as cidades onde o Partido tem candidatos terá atividade de rua. Capital operária do País, a cidade de São Paulo deverá ter mais de 100 mil panfletos entregues diariamente nos locais de grande concentração de trabalhadores e estudantes, como destaca um dos organizadores da atividade, o candidato a vice-prefeito Francisco Muniz:
“Após uma campanha de arrecadação muito bem-sucedida, com a contribuição de mais de mil pessoas e de ter já nessa etapa da campanha imprimido mais de um milhão de panfletos, agora o Partido da Causa Operária entra numa etapa de distribuição de material. A gente tem o objetivo de distribuir, ao todo, sete milhões de panfletos de materiais diversos até o final da campanha eleitoral. Para isso, a gente está mobilizando militantes em todo o País, em todas as cidades onde temos candidatos e mais uma boa quantidade de filiados, simpatizantes, amigos, colegas e tudo mais para distribuir panfletos em todas as cidades onde a gente vai lançar a candidatura.
Segundo Muniz, a campanha eleitoral do PCO de 2024 já atingiu diversas marcas importantes. O Partido lançou mais candidatos que na última eleição, sendo o único partido da esquerda inteira que cresceu nesse processo. Entre elas, várias candidaturas que estão causando um impacto grande em suas cidades, como a dos índios do Mato Grosso do Sul.
Essa iniciativa faz parte de um esforço do partido trotskista para intensificar sua agitação e derrotar a tentativa de censura imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que reteve ilegalmente o fundo partidário a que o PCO tem direito. Até o fechamento desta edição de Diário Causa Operária, a agremiação ainda não contava com os recursos garantidos por lei aos partidos.
A intervenção do TSE representa um golpe contra as liberdades políticas no País e visa calar o único partido verdadeiramente anti-sistema da política nacional. Ao tentar impedir o financiamento da campanha do PCO, o regime busca impedir o crescimento de uma força política que se coloca como defensora radical da classe trabalhadora e inimiga dos monopólios imperialistas. A sigla, no entanto, reafirma que, apesar das manobras autoritárias, continuará com sua campanha nas ruas, levando ao povo as denúncias sobre a escalada repressiva do Judiciário.
Militantes do PCO estão organizados em centenas de comitês de base espalhados pelo Brasil. A expectativa é que a campanha de distribuição dos panfletos ajude a fortalecer a organização em nível local. O trabalho de rua não se limita à simples distribuição de materiais; envolve a discussão direta com a população, identificando suas necessidades e promovendo a politização das massas.
A campanha de panfletagem também é uma resposta direta ao avanço das medidas de censura adotadas pelo Estado brasileiro. O PCO tem sido uma das principais vozes na denúncia do cerceamento da liberdade de expressão, que se intensificou nos últimos anos, com o Judiciário atuando como principal agente dessa repressão. A retenção do fundo partidário pelo TSE é apenas uma das formas pelas quais o regime tenta minar a atuação do partido, que se coloca como a única alternativa de oposição real ao sistema.
Além disso, o Partido alerta que o aparato repressivo do Estado está se expandindo rapidamente, com leis que buscam tornar crime a atividade política e a organização da classe trabalhadora. Os panfletos distribuídos abordam essas questões e convocam a população a resistir contra a escalada autoritária, defendendo o direito à livre organização e à manifestação política.