Apresentado em 2017 sob os dizeres “paz e prosperidade são direitos de nascimento de cada pessoa” pela então Ministra de Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, a Política de Assistência Internacional Feminista do Canadá (FIAP, na sigla em inglês) afirmava que o país norte-americano adotaria uma abordagem feminista para seus programas de assistência internacional, incluindo o compromisso com a proteção dos direitos das mulheres. Identitários de todo o planeta celebraram a iniciativa como uma política progressista, que, no entanto, revela sua farsa agora, com o massacre de mulheres pelas Forças de Ocupação de “Israel” na Palestina.
Dados do Ministério da Saúde de Gaza mostram que entre as mais de 31 mil vítimas fatais da ofensiva sionista na Palestina, até o último dia 13, as mulheres representavam mais de 8.400 mortos. Junto com as crianças, isso representava 70% das mortes no conflito.
O governo do Canadá, por sua vez, continua mantendo seu apoio ao terror sionista, apoiando “Israel” politicamente e também, por meio da venda contínua de equipamentos militares à ditadura que tem assassinado mulheres desarmadas. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, ajuda a esclarecer quão farsesco é o dito apoio dos países imperialistas às mulheres.
Representantes de pelo menos metade da classe trabalhadora, as mulheres não têm interesse em comum com o imperialismo, que as usa para dividir o proletariado, substituindo a opressão imperialista pela opressão do homem em abstrato no âmbito da política interna dos países, e também, quando precisa atacar os países atrasados, como as nações árabes. É preciso que este importante segmento da classe operária supere a infiltração do identitarismo no meio feminino e desenvolva sua política tendo clareza de quem realmente é o inimigo que une mulheres, homens e todos os povos explorados do planeta: o imperialismo.