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Governo federal

Itaú ganha espaço no Ministério da Justiça de Lewandowski

Nova indicação do ministro reforça que pasta serve aos interesses do imperialismo, e não do povo

No começo de fevereiro, o Ministério da Justiça, já sob a chefia de Ricardo Lewandowski, divulgou que Marivaldo Pereira assumirá o cargo de secretário executivo adjunto da pasta, considerado como o número três dentro da hierarquia do órgão. Na gestão de Dino, Marivaldo era secretário de Acesso à Justiça. Antes disso, atuou como relator do grupo de trabalho de segurança pública durante a transição presidencial.

No dia 1º de fevereiro, o advogado confirmou a informação por meio de sua conta oficial no Instagram, onde afirmou que “agora os desafios são outros, estou voltando para a Secretaria Executiva do Ministério da Justiça, dessa vez como Secretário Executivo Adjunto”.

“Não medirei esforços para ajudar o ministro Lewandowski a fazer uma das melhores gestões da história do MJSP. Vamos pra cima!”, afirmou.

Nas eleições gerais de 2022, Marivaldo Pereira se candidatou ao cargo de deputado distrital, em Brasília, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Na ocasião, ele obteve 9.412 votos, ficando apenas como suplente da coligação PSOL/Rede na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Durante as eleições em questão, o Diário Causa Operária (DCO) publicou uma série de reportagens exclusivas denunciando, por meio de dados disponibilizados pelo próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que diversos candidatos da esquerda pequeno-burguesa foram financiados por instituições imperialistas como o Itaú. Dentre estes candidatos, está Marivaldo Pereira, que recebeu 50.000 reais de Walther Moreira Salles Junior e 25.000 reais de Elisa Sawaya Botelho Bracher.

Elisa Botelho Bracher é filha de Fernão Carlos Botelho Bracher, um dos maiores banqueiros brasileiros. Além disso, possui capital de cerca de 150 milhões de reais e uma profunda ligação com o Itaú – é, por exemplo, sócia de seu irmão, Candido Botelho Bracher, ex-presidente do Itaú, em diversas empresas. Para uma caracterização completa de Elisa, acesse este link.

Já Walther Moreira Salles Junior, cineasta, é ex-acionista do Itaú, banco gerenciado por parte significativa de sua família. Para citar alguns fatos, seu pai, Walther Moreira Salles, foi um conhecido banqueiro e embaixador do Brasil na época de Getúlio Vargas em Washington, nos Estados Unidos. Seu irmão, por sua vez, é nada menos que o atual presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco. Para uma explicação detalhada de quem é Walther Moreira Salles Junior, acesse este link.

Ou seja, com a indicação de Marivaldo Pereira, Lewandowski, que assumiu a pasta há pouco tempo, garantiu um lugar especial para o Banco Itaú no Ministério da Justiça do governo Lula. Afinal, a confiança do banco em Pereira é tão grande que foi o suficiente para lhe dar 75.000 reais para se eleger. Sem contar no fato de que Pereira também tem a confiança de Flávio Dino, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por pura pressão do imperialismo.

A indicação do candidato do Itaú ocorreu em conjunto com a inclusão de outras figuras ligadas ao imperialismo e à direita no Ministério. Em 17 de janeiro, por exemplo, Lewandowski confirmou a nomeação de Mário Luiz Sarrubbo como titular da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Sarrubbo, como foi noticiado por este Diário, foi procurador-geral de Justiça de Políticas Criminais e Institucionais de São Paulo, além de membro do Ministério Público do estado desde 1989. É uma pessoa intimamente ligada à política repressiva imposta pelas décadas de governos tucanos em São Paulo.

A política de Segurança Pública do governo Lula é cada vez mais influenciada pelo imperialismo. A infiltração de figuras como Sarrubbo e Pereira no Ministério da Justiça, sem contar no próprio Lewandowski, mostram que existe uma pressão muito grande para que, no que diz respeito a essa área, o presidente adote uma política digna de um bolsonarista.

Ao invés de representantes do povo, que lutem pelos interesses da população, como é o caso do fim da polícia, o que temos no Ministério de Lewandowski são representantes do Itaú e amantes da repressão. Garantindo que a pasta sirva para os interesses da burguesia, e não dos trabalhadores.

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