A ofensiva militar de “Israel” continua na Cisjordânia, área onde há um controle maior da Autoridade Palestina e supostamente não deveria estar em conflito, porém o que temos na região é uma escalada dos confrontos caminhando para uma situação mais dramática.
No último sábado, dia 20, as forças de ocupação israelenses levaram adiante incursões neste território, em cidades como Kafr Thulth, Azun e campos de refugiados como o de Balata na região de Nablus.
Houve confrontos entre jovens palestinos e forças israelenses, além da detenção de uma mulher palestina no campo de Shuafat, na região de Belém, que foi atacado com bombas de gás lacrimogêneo.
De acordo com o Ministro da Saúde palestino, os mortos na Cisjordânia, somente esse ano, chegam a 42. Desde 7 de outubro são 361. Porém, a violência não se limita apenas às vítimas fatais da ocupação sionista. Prisões em massa e frequentes ataques dos colonos judeus contra a população palestina, destruindo suas casas e infraestrutura, também fazem parte da política colonial sionista na região.
A Cisjordânia enfrenta uma escalada da ocupação israelense desde a guerra de junho em 1967. No período da Intifada (palavra árabe que significa “agitação”), a partir da década de 1980, foram criadas novas prisões na região para dar conta do elevadíssimo número de detenções. Praticamente toda população adulta palestina já havia passado pela prisão pelo menos em uma oportunidade, fosse o indivíduo envolvido ou não em qualquer levante.
Além da violência militar, o governo sionista incentiva o terror praticado pelos colonos, em uma política onde primeiro se toma um pedaço de terra e depois o estado legaliza a ocupação. O ano de 2023 foi marcado com um dos mais violentos nessa questão.
Os tratados de Oslo, em 1993, que estabeleceram o controle parcial da Autoridade Palestina na região, previam um controle total palestino na Cisjodânia em 1999. Porém, o que ocorre é uma escalada da ocupação israelense, passados 25 anos dessa previsão.
Dessa maneira, a Autoridade Palestina perdeu todo o apoio do povo da região, sabe-se que a organização, no fim das contas atua pelos interesses imperialistas, sendo assim a população da Cisjordânia cada vez mais apoia a resistência armada do Hamas e das demais organizações.
Em 2024 a tendência é que o movimento de resistência cresça na área, o que muito provavelmente levará a uma escalada do terror sionista e também a perdas militares israelenses no campo de batalha de fato, pois “Israel” tem como especialidade o bombardeio de civis e não o confronto direto com povo armado da Palestina, que tem heroicamente conquistado vitórias impondo baixas de soldados e equipamentos a seus inimigos.