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São Paulo

Hamas saúda 35ª Conferência Nacional do PCO

O dr Basem Naim, da direção do Hamas, enviou um vídeo de saudação ao Partido da Causa Operária pela realização da Conferência de organização da luta em defesa da Palestina

Na edição nº 7397 deste Diário, publicamos com exclusividade a transcrição da mensagem que Ismail Hanié, líder do Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, enviou para o povo brasileiro por meio da Direção do Partido da Causa Operária (PCO).

Conforme também já foi noticiado por este Diário, o Partido realizou, nesse final de semana, sua 35ª Conferência Nacional, a qual discutiu, em primeiro lugar, o desenvolvimento da luta em defesa da Palestina e da resistência palestina no Brasil.

No segundo e último dia do evento, foi transmitida uma série de saudações feitas por organizações políticas de todo o mundo. Uma delas veio do Dr. Basem Naim, dirigente do Hamas que, atualmente, coordena o partido palestino na Faixa de Gaza.

Durante o primeiro governo de Ismail Hanié, Naim foi ministro da Saúde de Gaza, chefiando, depois, os Ministérios da Juventude e dos Esportes. Após a deflagração da operação Dilúvio de al-Aqsa, em 7 de outubro de 2023, o Dr. Basem acompanhou Moussa Abu Marzouk, um dos principais dirigentes do Hamas, em uma viagem a Moscou, na Rússia, para encontrar representantes do governo Putin para discutir o problema da guerra na Palestina.

Em sua declaração à Conferência do PCO, Naim destacou não só a importância da defesa do povo palestino no Brasil e, no geral, em outros países que não a Palestina, bem como a firmeza da resistência em combater a ocupação sionista, principalmente desde 7 de outubro.

Confira, abaixo, sua saudação na íntegra. Assim como destacamos em relação à declaração de Ismail Hanié, apelamos ao leitor para compartilhar este artigo com todos os seus conhecidos. Essa é a melhor forma de mostrarmos ao mundo o que, de fato, é o Hamas.

Saudação de Basem Naim à 35ª Conferência Nacional do Partido da Causa Operária:

 

Bom dia a todos os camaradas. Bom dia irmãos e irmãs. Bom dia à liderança do Partido da Causa Operária. Tenho a honra de saudá-los daqui da Palestina, da Cidade de Gaza, em sua 35ª Conferência  Nacional de seu Partido muito importante e muito honrado.

Penso que quando falo em nome da Palestina na vossa honorável conferência, não estou falando de uma questão nacional. A causa da Palestina não é uma questão nacional. Não é uma questão nacional. É a condenação do conflito entre duas frentes. A frente do povo oprimido, da justiça, e a frente do opressor, da injustiça, e a frente de todos os regimes coloniais em todo o mundo.

Portanto, quando participo na sua ilustre conferência, sinto que somos um só partido na mesma luta pelas mesmas causas justas. Portanto, quando eu falar com vocês sobre alguns detalhes da situação atual na Faixa de Gaza e na Palestina em geral, tenho certeza de que será do interesse da maior parte do seu público.

Hoje, Gaza, após quase cinco meses desde 7 de outubro, mostra uma situação clara de firmeza de nosso povo no solo, apesar das toneladas de materiais explosivos despejados em cima dela do ar pelas forças israelenses, apesar do assassinato de milhares de palestinos.

Mais de 35.000 [mortos] foram registrados até agora, mais de 80.000 estão seriamente feridos. Quase dois milhões de pessoas foram expulsas de suas casas. Todas as casas, escolas, mesquitas, universidades, poços de água. Todos os sinais e vida em Gaza foram destruídos. Apesar disso, nosso povo mostrou uma fé clara e forte, e um grande compromisso com sua pátria, com suas casas, com suas cidades e com suas vilas. Somos capazes de fazer os planos israelenses fracassar e de expulsá-los da Faixa de Gaza.

Fora do país, nossa resistência também mostrou uma forma de resistência clara, corajosa e honrosa. Eles eram até agora capazes de atacar o inimigo e de causar grande dano às suas capacidades humanas. No que diz respeito à logística, nossa resistência é, até agora, forte e compromissada.

A liderança está em boa forma, tem controle e comando, somos capazes de continuar a luta por meses. Eles [“Israel”] nos deram duas opções, Smotrich [Bezalel, ministro das Finanças israelense], em uma ocasião anterior, nos deu a escolha de fugir ou de ser assassinado. E nós também lhe demos duas escolhas, ou viver com dignidade, ou morrer com dignidade.

Não existe uma terceira opção.

Do outro lado desta batalha, sim, pagamos um preço muito alto e muito doloroso. Mas sabemos que é assim que todas as pessoas em todo o mundo que lutaram pela sua liberdade e dignidade o fizeram. Eles passaram por este caminho e pagaram muitos preços no Vietnã, na Argélia, na África do Sul e em todos os lugares.

Hoje, estou falando para a audiência dessa conferência em um dos maiores Estados, de um dos maiores países do mundo, uma nação em ascensão, Brasil, que é um país amigo dos palestinos, apoiador da causa palestina. E estamos muito honrados por todas as declarações recentes dos funcionários do governo, particularmente as declarações do presidente Lula sobre seu compromisso e sua postura corajosa de apoiar a causa palestina e, especificamente, exigir um cessar-fogo para parar essa agressão contra nosso povo.

Esperamos o dia em que estaremos na Palestina com todos os nossos amigos ao redor do mundo, incluindo nossos amigos e companheiros do Brasil para celebrar a liberdade da Palestina. E penso que será em breve. Mas, até chegarmos a esse momento, temos que fazer nosso dever de casa.

Estamos no solo, estamos lutando, estamos firmes, estamos comprometidos com nossa causa. Mas, também queremos o apoio de todos os nossos amigos ao redor do mundo, em particular, no grande e amado Brasil.

Primeiramente, precisamos urgentemente de uma pressão forte contra os agressores e seus aliados, particularmente os Estados Unidos, para parar esse genocídio. Os Estados Unidos, até agora, estão utilizando todo o seu poder militar, político ou diplomático para encobrir a agressão, para apoiar o agressor e impedir e bloquear a vontade internacional. Da última vez, eles usaram seu veto pela terceira vez em cinco meses para parar e bloquear a vontade internacional.

Portanto, nosso povo está convocando todos nossos amigos a exercer a maior pressão que conseguirem para parar esse genocídio. Também estamos apelando por uma urgente e grande ajuda humanitária. Mais de dois milhões de palestinos foram expulsos de suas casas e necessitam de comida, água, combustível, remédios, tendas e de tudo que pode ajudá-los a sobreviver e a passar por este difícil período. Se chegarmos a um cessar-fogo, teremos a necessidade urgente de uma grande operação de reconstrução na Faixa de Gaza.

Também temos a necessidade de um forte apoio de nossos companheiros e amigos em todos os lugares no que diz respeito à versão que estamos enfrentando todos os dias. A propaganda israelense adotada pela grande imprensa nos maiores países, especificamente no Ocidente, fabricando histórias usando mentiras e mais mentiras, como o que eles falaram ontem sobre o Massacre da Farinha, no qual eles assassinaram mais de 112 palestinos que estavam esperando por comida que vinha do sul. Portanto, precisamos que todos os nossos amigos nos ajudem na imprensa, nas redes sociais, a apoiar a nossa versão.

Por último, também temos necessidades no âmbito jurídico de responsabilizar “Israel” e seus líderes. Não é mais aceitável deixar que esses criminosos fujam, circulem livremente por todo o mundo, sem serem punidos pelos seus crimes, pelo seu genocídio.

Nesse sentido, estamos procurando mobilizar todos os poderes jurídicos em nosso alcance para apoiar a nossa causa de levar esses criminosos à justiça. E, mais uma vez, estamos procuramos por seu apoio em todos os níveis.

Vos parabenizamos novamente pelo 35ª Conferência Nacional do honrável Partido da Causa Operária.

Espero que algum dia tenhamos a oportunidade de convidá-los para comemorar o seu aniversário da fundação na Palestina liberta e livre, na Jerusalém livre.

Muito obrigado, saudações a todos no Brasil.

Dr. Basem Naim, dirigente do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza

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