O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza declarou, no dia 2 de janeiro, que o número de civis mortos na Palestina desde 7 de outubro, momento em que o conflito entre “Israel” e o povo da Palestina tomou a atual dimensão, já chegou a 22.185 mortos, enquanto que pelo menos 57 mil se encontram feridos. Pelo menos dois terços do número total de mortos e feridos seriam mulheres e crianças. Os bombardeios israelenses atingem a todos, incluindo comboios com ajuda humanitária, escolas e hospitais.
Ainda assim, apesar da tentativa de exterminar o povo palestino das mais covardes e cruéis formas, a resistência palestina vem impondo uma série de derrotas a “Israel”, que, logo no primeiro dia deste ano, iniciou a retirada das tropas que estavam em uma fracassada tentativa de invasão de Gaza.
Além das importantes derrotas impostas a “Israel” pelos movimentos da resistência armada palestina, a solidariedade dos povos oprimidos não encontra barreiras em suas fronteiras. As iniciativas dos Hutis, bravos guerreiros iemenitas, contra o imperialismo, tem tido um peso significativo em dificultar a articulação do imperialismo para esmagar Gaza.
Os Hutis tem intervindo atacando e sequestrando comboios comerciais no Mar Vermelho, e um de seus líderes, Abdul Malik, afirmou: ”Se todas as frotas navais do mundo navegarem até o Mar Vermelho e se reunirem lá, elas não proporcionarão segurança nem para ‘Israel’ nem para os navios do regime e as embarcações destinadas à Palestina ocupada. Não há maneira de evitar a escalada das tensões, exceto por meio de um cessar-fogo permanente em Gaza… A única maneira de devolver a tranquilidade ao Mar Vermelho é estabelecer a paz em Gaza”.
A ofensiva dos palestinos contra o imperialismo é um grande exemplo para todos aqueles que lutam contra a exploração e esmagamento dos povos oprimidos. É um dever de todos aqueles que não são cúmplices do genocídio e da espoliação colonial se posicionarem radicalmente e ativamente contra “Israel” e em defesa da Palestina, nas ruas, nos bairros, nos locais de trabalho e estudo. Desempenhar esse papel pode realmente influir de maneira decisiva em como o conflito vai se desenvolver.
O papel dos brasileiros, que não têm condições de pegar em armas e se juntar à resistência palestina em Gaza, é intensificar a mobilização contra o genocídio sionista, aumentando, assim, a pressão contra o Estado de “Israel”. A melhor forma de levar adiante a luta em defesa da Palestina é com a formação de comitês de luta, que podem ser compostos por um mínimo de três pessoas e que devem realizar reuniões semanais para discutir os problemas colocados pela situação política nacional e internacional. Devem, através de suas reuniões, estabelecer um calendário de atividades de rua, como panfletagem, colagem de cartazes, e até mesmo a publicação de boletins.
Os comitês de luta devem ser organizações amplas, com ingresso de seja quem for que deseje colaborar com o luta, até a vitória, contra o imperialismo, o sionismo e o genocídio de “Israel” contra o povo palestino!