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Brasil

Falar em ‘antissemitismo’ com genocídio em Gaza é apoiar sionismo

Que os sionistas usem a farsa do “antissemitismo” para encobrir os crimes que apoiam, é esperado. Uma organização de defesa da Palestina, no entanto, é uma novidade

Um obscuro grupo denominado Frente Palestina São Paulo publicou uma mensagem, encaminhada a simpatizantes e reproduzindo calúnias contra o Partido da Causa Operária (PCO). Uma delas em especial, que diz muito sobre o próprio grupo, acusa o Partido de “comportamentos antissemitas como a agressão à militante judia antissionista e as sucessivas tentativas de silenciamento das Vozes Judaicas nos atos.” A mensagem não diz quem foi a “judia antissionista” agredida, tampouco dá provas do ocorrido e não indica quais as “sucessivas tentativas de silenciamento” do coletivo judeu por militantes do Partido, mas deixa claro a subordinação da tal Frente à chantagem sionista do “antissemitismo”.

Chama atenção a acusação de antissemitismo, o que coloca a Frente Palestina São Paulo em pé de igualdade com sionistas notórios como a Confederação Israelita do Brasil (CONIB) e o ex-militar das Forças de Ocupação de “Israel”, André Lajst, que já atacam o PCO nestes mesmos termos. Usar a bandeira do “antissemitismo” tem sido uma tática recorrente entre as forças sionistas e sem outro propósito, exceto apoiar o genocídio palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Tal fato foi observado pelo presidente do Partido atacado, Rui Costa Pimenta, que, na rede social X, publicou a seguinte mensagem:

“Os responsáveis por uma tal Frente Palestina São Paulo denuncia o PCO como sendo antissemita. Ora, quem faz campanha contra o ‘antissemitismo’ no meio da carnificina que estamos assistindo na Faixa de Gaza, ainda mais contra o partido mais atuante na luta pela Palestina, é um sionista enrustido. O que está em pauta é o genocídio árabe. O ‘antissemitismo’ é para ocultar esse genocídio. É preciso limpar a esquerda dos sionistas infiltrados e dos agentes do imperialismo das ONGs.”

https://twitter.com/Ruicpimenta29/status/1767244690179391671

Com o fim do horror nazista, o antissemitismo também perdeu a força que tinha até esse momento de apogeu do fenômeno, em grande medida graças aos interesses do imperialismo. Interessados em estabelecer sua colônia no Oriente Médio, as potências imperialistas suprimiram o apoio ao antissemitismo, levando à falência dos movimentos organizados deste tipo de política, sobrevivendo apenas como instrumento de perseguição aos opositores do sionismo. Por isso mesmo, chama atenção que o rótulo de “antissemita” seja levantado por uma organização que diz defender a Palestina e, mais ainda, contra um Partido cuja dedicação à causa Palestina foi reconhecida pela vanguarda do próprio povo palestino.

No atual conflito entre “Israel” e o povo palestino, por exemplo, a despeito de todo alarde em torno do suposto “antissemitismo”, não se tem notícias de ataques reais a judeus, nada de significativo para justificar toda a preocupação com o fenômeno. O mesmo não pode ser dito em relação aos palestinos.

Até o último dia 12, o Ministério da Saúde de Gaza contabilizava mais de 31.184 pessoas mortas apenas na Faixa de Gaza, além de 72.889 feridos, totalizando mais de 100 mil vítimas do massacre cometido por “Israel”. O número desconsidera as pessoas desaparecidas, muito provavelmente mortas sob os escombros da destruição implacável realizada pelos sionistas por meio dos bombardeios aéreos. Uma situação que torna as denúncias de “antissemitismo” um golpe.

Que os bolsonaristas, a direita dita civilizada, agências lobistas como a CONIB e outros sionistas notórios usem a farsa do “antissemitismo” para encobrir os crimes que apoiam, é de uma certa forma esperado, tendo-se em vista que são os interesses do imperialismo em jogo, uma força social monstruosa o bastante para mergulhar o mundo em guerras capazes de matar dezenas de milhões de pessoas. Contudo, essa acusação vinda de setores que se dizem defensores dos palestinos é uma novidade.

O uso desse recurso é muito útil, no entanto, para explicar porque os atos em defesa da Palestina não crescem e porque não se pode apoiar a resistência armada palestina. Indica que tais organizações estão mais distantes da luta real do povo palestino e mais perto do sionismo do que as aparências fazem pensar.

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