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Eleições na Europa

Europa Viva 24, a internacional de extrema direita recebe Milei

Extrema direita se organiza para aprofundar as crises e os ataques contra os povos oprimidos de todo o mundo

No último sábado (18) e domingo (19) aconteceu em Madri na Espanha uma conferência da extrema-direita. Para o evento, várias lideranças desse setor político mundial estiveram presentes, entre eles, Marine Le Pen, o português André Ventura, e o polonês Mateusz Morawiec estiveram em Madri para participar. A chefe do governo italiano Giorgia Meloni e o líder húngaro Viktor Orbán também fazem uma participação por meio de videoconferência.

O “Europa Viva 24” – nome do evento – aconteceu no Palacio de Vistalegre, um gigantesco complexo no qual a legenda de extrema direita já chegou a acolher, em 2018, quase 100 mil pessoas. A América Latina também esteve representada, com a presença do chileno José Antonio Kast e do argentino Javier Milei. O nome de Donald Trump também chegou a ser cogitado do lado norte-americano, assim como o ministro israelense da diáspora e membro do partido Licude de Netaniahu, Amichai Chikli.

Segundo o jornal Euronews, cerca de 11 mil pessoas participaram da Conferência. A princípio o principal objetivo dessa reunião da extrema direita são as eleições europeias que acontecem em junho. Isto seria uma demonstração de união e força por parte do setor contra a esquerda e os movimentos progressistas de uma forma geral. André Ventura, presidente do Chega em Portugal, em seu discurso apontou a necessidade de combater o “socialismo e a corrupção”.

O presidente argentino, Milei, começou por dizer que a sua presença era um “imperativo moral”, tendo depois criticado o socialismo e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, que se recusou a encontrar-se com ele. “Não sabem que tipo de sociedade e de país pode produzir [o socialismo] e que tipo de pessoas se meteram no poder e que níveis de abuso podem gerar. Quero dizer, quando ele [Pedro Sánchez] tem a mulher corrupta, isso mancha-o e ele leva cinco dias a pensar nisso”, contestou Milei. 

Líder do partido Vox, Santiago Abascal, pediu união para derrotar a ameaça representada pela esquerda. “Diante do globalismo e da alma socialista, precisamos responder com uma aliança global que defenderá o senso comum, porque essa é uma ameaça a todos nós.” A extrema direita tem ganhado força em vários lugares do mundo, principalmente na Europa, como é o caso da Itália, do parlamento espanhol, na Alemanha a AfD (Aliança para a Alemanha) conseguiu 78 cadeiras no parlamento. Enfim, com a crise do imperialismo é preciso uma rearticulação desse espectro político. Essa conferência mostra que eles estão se organizando. 

Essa questão também mostra o que vem sendo apontado por este Diário de que com a crise do imperialismo, assim como um leão acuado, ele tende a se tornar mais feroz e violento. Essa agressividade contra a população e países oprimidos do mundo inteiro vem carregado de uma forte repressão e uma agudização do roubo, pilhagem e estrangulamento das economias dos países atrasados. O genocídio orquestrado do povo palestino que estamos assistindo mostra claramente do que eles são capazes e como estão agindo para censurar e ocultar tal crime. 

A crise econômica na Europa tem ganhado proporções após as sanções norte-americanas contra a Rússia depois do início do conflito na Ucrânia. Para segurar a pressão popular, apenas a repressão mais violenta é possível para conter as massas. O caso do extermínio da população em Gaza por parte do Estado fictício “Israel” tem acirrado os ânimos em todos os locais do mundo, principalmente na Europa, onde a repressão contra as manifestações pró Palestina estão gigantescas. Estudantes e civis estão sendo espancados e presos pela polícia por se manifestarem em favor do povo palestino. 

Na América Latina a situação é também de uma contra ofensiva do imperialismo contra os governos nacionalistas e progressistas. Com exceção de países como Venezuela, Cuba, Nicarágua, Honduras, Bolívia e Brasil, todos os outros países estão com governos totalmente ligados ao imperialismo. Um exemplo claro de que a burguesia imperialista está tentando arrumar “seu quintal” é o golpe de Estado na Argentina que levou ao poder Milei. 

No Brasil, a indicação de que o imperialismo está atacando e que o PT não é um aliado e todo esforço e os acordos já feitos para que o bolsonarismo retorne ao poder em 2026, se é que não tentarão uma derrubada do Lula até lá. Com ou sem Bolsonaro, a burguesia já está toda assanhada e fazendo seus trâmites políticos e jurídicos para sufocar o PT e colocar em seu lugar algum repressor e entreguistas. O mais cotado nesse momento pela imprensa golpista brasileira é o governador de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio de Freitas.

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