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8 de março

Esquerda se aliou com a PM, que faz chacina na Baixada Santista

Esquerda pequeno-burguesa chama polícia contra militantes do PCO durante ato do Dia Internacional da Mulher Operária, para impedir militantes do partido de falarem

No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, ocorreram atos em todo o país por ocasião dessa importante data. No entanto, conforme denúncia feita por este Diário, em São Paulo, o PCdoB e o MNU quiseram impedir as mulheres do Partido da Causa Operária (PCO) e do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo de falarem no carro de som. Para realizar esse ato de censura, essas organizações, que se reivindicam de esquerda, chamaram a polícia militar do Estado de São Paulo, controlada pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas para conter os militantes do PCO, que protestavam. Para um grupo de esquerda, chamar a polícia contra outros companheiros, independente das divergências, já é, por si só, algo grave e grotesco. Porém, como se isso não fosse absurdo o suficiente, essa é a polícia que, desde fevereiro, vem realizando uma terrível chacina na Baixada Santista.

A esquerda sempre cantou a palavra de ordem que pede o fim da PM por conta, especialmente, desse tipo de ação violenta contra a classe operária. No mesmo período do ano passado, os movimentos populares corretamente denunciaram o morticínio promovido pela polícia de São Paulo, que assassinou cerca de 30 pessoas em 40 dias, sob elogios do governador. No ano corrente, porém, em 36 dias a polícia já assassinou 39 pessoas, superando os números horrendos do ano anterior. Foi para essa organização fascista que os grupos mencionados anteriormente foram pedir ajuda contra o Partido da Causa Operária, que reivindicava seu justo direito de falar no ato público.

Para relembrar o leitor do que vem acontecendo na Baixada Santista, este Diário reitera as denúncias trazidas ao longo desse período de massacre contra os trabalhadores pobres, que já se tornou a segunda maior chacina da história do Estado de São Paulo, atrás apenas do Carandiru.

No dia 2 de fevereiro, o governador bolsotucano de São Paulo, o fascista Tarcísio de Freitas, deflagrou a Operação Verão, que ficou mais conhecida como segunda fase da Operação Escudo, a infame chacina do Guarujá: o massacre realizado em 2023 na região da Baixada Santista. A justificativa da operação fascista teria sido a morte de um policial da ROTA. Atuando como verdadeiros esquadrões da morte, a PM e a polícia civil ingressaram na carnificina, sob ordens do governador.

Entre os dias 2 e 4 de fevereiro, sete pessoas foram executadas pela PM paulista. Entre eles, o catador de latinhas José Marques Nunes da Silva, de 45 anos. Segundo relato dos vizinhos, ao jornal Brasil de Fato, ele implorou por sua vida e alegou ser inocente minutos antes de ser executado. A secretaria de segurança de São Paulo, por outro lado, alegou ter abordado a vítima, que teria reagido e atirado nos policiais, que atiraram de volta e o mataram. Esta sempre é a alegação da polícia, mesmo que não apresentem nenhuma evidência e que tudo aponte para o inverso. Familiares e amigos de José Marques denunciaram que ele não tinha nenhum envolvimento com o tráfico de drogas. Foi apenas mais um trabalhador pobre brutalmente executado pelo verdadeiro esquadrão da morte que é a polícia militar.

Porém, ainda antes da deflagração da operação policial, no dia 24 de janeiro, a PM matou três pessoas na Vila Nossa Senhora de Fátima, em São Vicente, a menos 50 km do Guarujá. Em 28 do mesmo mês, mais dois homens foram executados. Ou seja, em 11 dias, a polícia assassinou 12 pessoas.

Na madrugada do dia 7 para o dia 8 de fevereiro, mais dois assassinatos, incluindo um jovem de 14 anos. No dia 11 de fevereiro, em pleno carnaval, a contagem de corpos já chegava a 18 pessoas. Dez dias depois, em 21 de fevereiro, ou seja, 19 dias desde o início da operação, a polícia contabilizava 29 assassinatos, superando a chacina do ano anterior e se tornando, nesse momento, a segunda maior da história do estado.

Ontem, no dia 8 de março, dia em que grupos de esquerda conclamaram a polícia militar de São Paulo a ajudar a proibir o PCO de participar da manifestação do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, a chacina contava com 39 mortos. Somando todos os assassinatos realizados por essa organização fascista na mais recente operação, o número chega a 52, segundo os números oficiais. Durante esse período, são inúmeras as denúncias de torturas, execução de pessoas desarmadas, adulteração de provas, entre outros crimes que a polícia é especializada em realizar.

Essa é a polícia forjada durante a ditadura militar fascista de 1964, que sempre funcionou como uma organização do Estado brasileiro para reprimir a população pobre e a esquerda. Para uma parte da esquerda, no entanto, essa mesma polícia, ao mesmo tempo em que mata indiscriminadamente a população, deve ser convidada para dentro do movimento popular para reprimir setores com os quais eles não concordam.

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