O editorial “Brasil silencia ante o terror” do ultrarrecionário Estadão é um retrato do avanço do fascismo, uma prova de como o sionismo está infiltrado nas instituições estatais e ditando, comandando, até mesmo ações da Polícia Federal.
O Estadão, que não apenas silenciou, mas apoiou a Ditadura Militar, um regime terrorista de fato, comemora dizendo que “A condenação a mais de 16 anos de prisão do brasileiro Lucas Passos Lima, recrutado pela milícia extremista libanesa Hezbollah para promover ataques terroristas contra alvos judaicos no Brasil, coroa o trabalho da Polícia Federal (PF) em parceria com organizações internacionais, entre as quais o Mossad (serviço secreto israelense), e oferece certo alento em momento de recrudescimento do antissemitismo em todo o mundo, mas exige que o governo brasileiro adote discurso mais contundente contra o terrorismo – mesmo que isso implique eventual mal-estar com aliados ideológicos do lulopetismo, como o Irã, patrocinador do Hezbollah”.
Esse jornal, que se cala diante do terror sionista contra o povo palestino, quer que “o governo brasileiro adote discurso mais contundente contra o terrorismo”. O artigo acusa o Hezbollah de ser extremista, o que não é crime, muito menos consideramos esse grupo como sendo terrorista.
Isso que o jornal chama de “parceria com organizações internacionais” nada mais é que uma ingerência direta do imperialismo na PF, que está agindo sob o comando de entidades estrangeiras. Trata-se de um ataque contra a nossa soberania.
Trata-se de um verdadeiro absurdo, pois alegam que “Lima foi preso no ano passado, na primeira fase da Operação Trapiche, deflagrada pela PF para ‘interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país’”. Lima promoveu algum atentado? Não, está sendo acusado de “atos preparatórios de”. Estão prendendo pessoas por crimes que supostamente iriam cometer. Digamos, um sujeito briga com outro e, por qualquer motivo, passa a frequentar aulas de tiro. Nesse caso, a polícia o colocaria na prisão porque, supostamente, estaria se preparando para assassinar o seu desfeto.
Segundo o jornal, investigações, que só podem ter sido dirigidas pela entidade sionistas, apontam que “Lima foi recrutado pela milícia xiita, tendo viajado duas vezes ao Líbano, onde recebeu treinamento para promover atentados terroristas contra a comunidade judaica em Brasília e também na Embaixada de Israel na capital federal”. Devemos acreditar nessas ‘investigações’ de uma entidade que é inimiga do grupo libanês? Quais atentados foram promovidos?
O truque do Estadão é remeter a um atentado ocorrido na Argentina que tem todos os indícios de ter sido uma montagem. Por isso afirma que “se bem-sucedidos [os ‘ataques’], reavivariam o trauma do atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 1994, em Buenos Aires, que matou 84 pessoas. Em abril passado, a Justiça argentina [sob um governo fantoche do imperialismo) responsabilizou o Irã e o Hezbollah pelo ataque, o mais letal da história do país. Salientou que o Irã teve papel “político e estratégico”, dando ampla proteção diplomática aos terroristas”. – grifos nossos.
A fundamentação do Estadão está sobre uma suposição “se bem-sucedido” e sobre um fato obscuro, que foi o atentado na Argentina. Com base nisso, um homem está sendo condenado no Brasil a 16 anos de prisão e sob ordens do Mossad.
O editorial do Estadão é um festival de suposições, diz que “Não é remota a hipótese de que o Hezbollah tenha planejado atacar alvos judaicos menos visados no exterior como parte de sua atual campanha militar contra Israel, no contexto da guerra israelense contra o grupo terrorista palestino Hamas – outra organização a serviço do Irã. Convém lembrar que o atentado contra a Amia ocorreu depois de um ataque de Israel a um campo de treinamento do Hezbollah no Líbano que deixou 45 recrutas mortos – e a milícia, na época, prometera se vingar em qualquer parte do mundo”.
Dizer que “não é remota uma hipótese” não é o mesmo que afirmar que tal hipótese se concretizará, existe a dúvida, não passa de uma suposição, e não se pode condenar ninguém sob essas alegações.
O Hamas não é uma organização terrorista, é um partido, o maior da Faixa de Gaza, que luta contra décadas de opressão e não está a serviço do Irã, mas luta pela sua libertação. Não bastasse isso, o Estadão está condenando o Irã, ou seja, está a serviço dos interesses dos Estados Unidos e do imperialismo.
O jornal ataca o governo, diz que “o presidente Lula da Silva, como se sabe, tem grande consideração pelo Irã, a despeito do patrocínio de Teerã ao terrorismo e da violação sistemática dos direitos humanos dos próprios iranianos. O petista poderia ao menos usar essa afeição pelo regime dos aiatolás em favor dos brasileiros ameaçados pela milícia xiita libanesa”.
Sobre a violação sistemática dos direitos humanos patrocinados pelos EUA, que aprovou outro pacote bilionário para Israel matar civis em Gaza, nem uma palavra se ouve do Estadão, mas o jornal quer que Lula condene aqueles que lutam pela liberdade e violação de direitos.
A grande imprensa, apesar de estar em solo brasileiro, não pode ser chamada de brasileira, ela não defende nossos interesses e sim o de potências estrangeiras.
Comemorar a prisão de pessoas por meras suposições é a expressão máxima do fascismo, mas isso nem chega a ser novidade, pois o Estadão apoiou o Mensalão, a Lava Jato e os golpes de 1964 e 2016.