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Ásia

Crise no Paquistão: um prelúdio para o fechamento do regime?

Ditadura que se impos após golpe contra Imran Khan se intensifica no Paquistao, com perseguicao do judiciário e assassinato de dirigente do PTI

A crise no Paquistão segue tomando contornos cada vez mais intensos, com o assassinato de Zaib Khan, candidato nacionalista ao cargo de presidente do país, membro do mesmo partido do ex-primeiro-ministro Imran Khan, que foi destituído do poder em 2022 e condenado a 14 anos de prisão.

O assassinato de Zaib Khan reforça não só a onda de instabilidade politica que o país asiático tem vivendo, mas configura um maior fechamento do regimento politico, possivelmente no sentido de uma ditadura fascista. O ocorrido tende a ter um profundo impacto na situação política paquistanesa, pois Zaib era o atual líder do PTI (Movimento Paquistanês pela Justiça) e candidato à presidência do país. O crime ocorreu durante um comício em Bajur, na fronteira com o Afeganistão. Este ato de violência ocorre em um momento tumultuado, com Imran Khan, ex-primeiro-ministro do país, e sua esposa, Bushra Bibi, condenados a 14 anos de prisão no caso Toshakhana, além de enfrentarem acusações adicionais relacionadas à posse de joias ilegais.

O PTI, ou Movimento de Justiça do Paquistão, é um partido político que emergiu como uma força significativa na política paquistanesa nas últimas décadas. Fundado por Imran Khan, o PTI prometeu uma plataforma baseada na justiça social, combate à corrupção e reformas abrangentes em diversos setores, incluindo economia, saúde e educação.

No entanto, desde sua ascensão ao poder, o PTI tem enfrentado desafios significativos, muitos dos quais estão relacionados às pressões e ataques do imperialismo. O Paquistão, como muitos outros países oprimidos, é frequentemente alvo de interferência externa por países imperialistas que buscam manter seu controle da região.

O imperialismo se manifesta de várias maneiras contra o PTI e o Paquistão como um todo. Isto inclui pressões econômicas, políticas e até mesmo militares. A imposição de condições draconianas por instituições financeiras internacionais, interferência nos assuntos internos do país e o uso de medidas coercitivas para conter a autonomia política são apenas alguns exemplos do que o Paquistão enfrenta.

Após o ex-primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan ser condenado a 10 anos de prisão pelo judiciário em um caso relacionado a Toshkhana, sua esposa, Bushra Khan, também enfrentou o mesmo veredito. Uma nova acusação foi apresentada pela Autoridade Nacional de Responsabilidade, alegando que eles mantiveram joias recebidas do príncipe herdeiro da Arábia Saudita.

Recentemente, a condenação de Imran Khan foi estendida, quando a Justiça do Paquistão sentenciou o líder nacionalista, ex-primeiro-ministro, a 14 anos adicionais de prisão e o proibiu de ocupar cargos públicos por divulgar publicamente o conteúdo de um telegrama secreto enviado pelo embaixador do Paquistão em Washington ao governo em Islamabad. O PTI, partido de Imran Khan, confirmou o conteúdo arbitrário e persecutório da sentença.

O assassinato de Zaib Khan ocorreu em meio a uma série de eventos políticos marcados por violência, incluindo um ataque a bomba em outro comício do PTI que resultou em diversas vítimas.

O partido de Imran Khan foi proibido de concorrer nas eleições da Assembleia Nacional, forçando Zaib Khan a se candidatar como independente. Esse trágico episódio é mais um golpe para a estabilidade política do país, com os militares parecendo se posicionar para impor uma possível ditadura, enquanto a nação enfrenta um período de incerteza e tumulto político.

Esses eventos ocorrem em meio ao fechamento progressivo do regime político do Paquistão, à medida que as eleições se aproximam em fevereiro. Khan, sendo a figura mais proeminente e popular do país, está enfrentando uma crescente repressão dos militares que controlam o governo, repressão esta não apenas a ele, mas também contra seu partido.

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