Na madrugada dessa terça-feira (12), forças de resistência da cidade de Jenin, na Cisjordânia, identificaram e expulsaram uma unidade especial das forças de ocupação de “Israel” que havia se infiltrado no local. A notícia foi dada pelas Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa – Jenin, que afirmou que seus combatentes travaram “confrontos ferozes” com os sionistas.
Em outra cidade da Cisjordânia, Nablus, as forças de ocupação invadiram o local e prenderam oito palestinos da aldeia de Urif. Durante as detenções, invadiram várias casas, realizaram buscas e saquearam propriedades palestinas.
Antes disso, a emissora libanesa Al Mayadeen já havia relatado que eclodiram confrontos com as forças de ocupação no Campo de Refugiados de Shuafat, em Jerusalém Ocupada. As forças de ocupação fecharam o posto de controle que separa o campo da cidade e usaram bombas de gás contra os palestinos na área.
Desde a segunda-feira (17), as forças de ocupação vêm tentando realizar incursões diárias na Cisjordânia. Em uma delas, um menino foi assassinado.
As Brigadas Al-Quds, por sua vez, detonaram um poderoso dispositivo explosivo contra um veículo militar israelense em al-Manshiya, causando ferimentos diretos entre sua tripulação.
Já as Brigadas de Mártires de Al-Aqsa – Nablus afirmou ter atacado o posto de controle “Shavei Shomron” a noroeste de Nablus com metralhadoras.
Em Ramala, as Brigadas dos Mártires de al-Aqsa detonaram um poderoso dispositivo explosivo perto do assentamento “Psagot”, ao norte da cidade.
Tudo isso ocorre em um momento em que o número de palestinos detidos pelas forças de ocupação continua a aumentar exponencialmente: a Comissão para os Assuntos dos Detidos e Ex-Detidos e a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos anunciaram na segunda-feira que o número total de palestinos detidos desde 7 de outubro aumentou para 7.530, incluindo aqueles detidos nas suas casas, em postos de controle militares, e outros que tiveram de se render sob pressão ou serem mantidos como reféns.
O quadro na Cisjordânia é bastante claro. Por um lado, revela a monstruosidade do Estado de “Israel”, que, durante o período do Ramadã, que é sagrado para a maioria da população palestina, intensificou os ataques. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netaniahu, por exemplo, declarou que 15 mil homens das tropas de ocupação foram enviados para a Cisjordânia.
Isso também mostra, por outro lado, que a situação na Cisjordânia está em um estágio muito crítico para “Israel”. O envio de tropas significa uma necessidade de aumentar a repressão – e esta, por sua vez, é uma demonstração de que a situação está saindo do controle. No dia 5 de março, um jornal israelense vazou um documento em que o ministro da Segurança, Iaove Galante, se mostrava preocupado com a situação na Cisjordânia.
E não é para menos: a cada dia que se passa, aumentam o número de brigadas contra a ocupação. O que também fica claro no número de vitórias militares que as forças de resistência obtiveram neste período.
A preocupação de “Israel” com a Cisjordânia só comprova que, muito diferentemente do que diz a imprensa burguesa de que há uma guerra entre “Israel” e o Hamas, o fato é que há uma verdadeira revolução em curso de todo o povo palestino contra o sionismo e o imperialismo.