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Concentração de riqueza

Cinco bilionários contra cinco bilhões de pessoas

Dados comprovam que, enquanto avança a crise capitalista, intensifica-se o seu caráter destrutivo e a necessidade de se expropriar os monopólios

Dados divulgados às vésperas da abertura do Fórum Econômico Mundial em Davos – que reúne nos Alpes suíços capitalistas, economistas, políticos e jornalistas que servem aos seus interesses – apontaram que, apenas nos últimos quatro anos, os cinco homens mais ricos do mundo mais que dobraram a riqueza que acumulam.

Os cinco super bilionários tiveram suas fortunas aumentadas de US$405 bilhões para US$869 bilhões (equivalentes à cerca de R$4,35 trilhões), um crescimento de mais de 115%. De 2020 a 2023, suas fortunas cresceram cerca de US$14 milhões por hora (mais de R$70 milhões). Em um dia, esses magnatas que vivem do trabalho alheio, acumularam a mais um total que daria para pagar um mísero salário mínimo brasileiro para 1.189.801 trabalhadores.

No topo da lista destes sanguessugas, Elon Musk, dono da Tesla e do X (ex-Twitter) teve um salto no seu patrimônio de 737%.

Elon Musk lidera a lista dos mais ricos do mundo, seguido por Bernard Arnault, Jeff Bezos, Larry Ellison e Mark Zuckerberg.

Riqueza de poucos, miséria de bilhões

Ainda segundo o relatório Desigualdade S.A, divulgado pela organização Oxfam, no último dia 15, no mesmo período, quase cinco bilhões de pessoas ficaram mais pobres.

O relatório apontou que, “se a tendência atual for mantida, o mundo terá o primeiro trilionário em uma década, enquanto o fim da pobreza poderá levar mais de 200 anos para chegar“. Na verdade, se mantida essa situação de concentração, em meio a uma gigantesca crise do capitalismo, centenas de milhões ou talvez bilhões de pessoas morreriam de fome, nas guerras e outras catástrofes provocadas pelos gigantes capitalistas e seus Estados, para garantir o maior nível de concentração de riqueza de toda a história da humanidade e, em contrapartida, a maior quantidade de miseráveis e famintos.

Os dados não deixam dúvidas que esses abutres capitalistas aumentaram suas riquezas justamente no período em que a maioria da humanidade sofria com as consequências da pandemia da COVID-19 que, agora, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que matou mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo, enquanto alguns bilionários faziam a festa com a venda de vacinas, serviços médicos etc.

Nesse período, também intensificaram-se as guerras promovidas pelos países imperialistas para servir aos interesses dos bilionários, levando à morte centenas de milhares de pessoas na Síria, Afeganistão, Ucrânia e, mais recentemente, na Palestina, entre muitos outros.

Estimativas da própria ONU apontam que haja mais de um bilhão de pessoas famintas no planeta (17%), o que corresponde praticamente a toda população da América, ou da Europa, ou da África. Estimativas oficiais mostram ainda que até 30 milhões de pessoas morrem de fome no planeta todos os anos. Desse total, 8 milhões seriam crianças.

O relatório da Oxfam também mostra que 63% da riqueza do Brasil está nas mãos de 1% da população. Além disso, a organização afirma que os 50% mais pobres detêm apenas 2% do patrimônio no País.

Os dados que desmentem as calúnias da direita

Os dados apresentados representam uma concentração de riqueza – e, consequentemente, uma concentração de pobreza – inédita na história da humanidade. Finalmente, esse tipo de fenômeno é uma consequência direta do próprio funcionamento do capitalismo, em especial, do imperialismo, fase na qual praticamente não há nenhum desenvolvimento nas forças de produção, ao mesmo tempo em que, como visto, há uma concentração descomunal do capital.

Ainda, os dados comprovam que a riqueza social é determinada, não é finita, como diz a direita. Em outras palavras, se um lado – a burguesia – fica mais rica, o outro lado – a classe operária – precisa, necessariamente, ficar mais pobre. Nesse sentido, a quantidade acumulada pelos mais poderosos representa um assalto ao patrimônio dos trabalhadores em todo o mundo. Elon Musk, por exemplo, já admitiu ter participado do golpe na Bolívia para roubar o lítio do país, ou seja, ficou mais rico roubando esse recurso natural dos bolivianos!

Mais do que isso, os números apresentados neste artigo mostram que a afirmação de que o pobre só precisa se esforçar para conseguir tornar-se um milionário, defendida por muitos neoliberais, não passa de um conto-da-carochinha, uma mentira que procura impedir os trabalhadores de lutarem pelo fim do capitalismo.

Expropriar o grande capital

Estudos da UNESCO, dentre outros, também apontam que satisfazer as necessidades básicas nutricionais e sanitárias em escala mundial não custaria mais que 13 bilhões de dólares por ano, o que representa menos de 15% do que os cinco super bilionários lucraram em média nos últimos anos.

Enquanto avança a crise, o capitalismo intensifica seu caráter destrutivo. Expropriar os grandes monopólios capitalistas e pôr abaixo as ditaduras que eles impõem a todo o mundo, torna-se cada dia mais uma necessidade.

Mais do que nunca, sem a vitória da revolução proletária no próximo período, a humanidade está condenada a uma degradação nas condições de vida e mesmo à destruição da vida de bilhões de seres humanos.

A revolução socialista, a tomada do poder pela classe trabalhadora, a apropriação da riqueza desses abutres capitalistas pelo Estado em favor do povo, é cada vez mais uma necessidade para garantir a vitória da humanidade contra a barbárie capitalista.

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