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Campanha da Palestina

Caravanas do interior de SP se prepararam para ato nacional

Militantes de Rio Claro, Franca e Marília estão na reta final da convocação

A mobilização em Franca para o Ato Nacional em Defesa da Palestina, marcado para o dia 30 de junho, tem sido marcada por intensos desafios e uma forte onda de resistência. A Comissão Estudantil para a Defesa da Palestina estava em um estágio de desenvolvimento bastante avançado, com um grupo de cerca de sessenta pessoas, muitas das quais eram ativamente engajadas e compareciam regularmente às reuniões. No entanto, esse progresso enfrentou uma série de obstáculos impostos pela direção da universidade e impulsionados por grupos externos.

A direção da universidade, sob influência do Movimento Brasil Livre (MBL), iniciou uma onda de censura que visava proibir a colagem de cartazes e a distribuição de panfletos pela comissão. Em uma reunião realizada no dia 8 de maio, a direção se reuniu com os centros acadêmicos e determinou a proibição dessas atividades. No entanto, essa decisão foi mantida em silêncio por quase um mês, sendo revelada aos membros da comissão apenas no dia 22 de maio.

Imediatamente após tomar conhecimento da proibição, a comissão iniciou uma campanha intensa para organizar uma plenária e formar um comitê especial para lutar contra a censura. O objetivo era transformar essa luta em um movimento estadual, organizado a partir dos comitês de luta e apoiado pelo PCO e pela Juventude pela Luta (JL).

Os comitês de Rio Claro, Franca, Araraquara e Marília se reuniram, e reuniões com o comitê de Bauru foram agendadas. Essa campanha pela plenária pressionou outros setores da esquerda presentes no campus, incluindo o PSOL, que controla dois dos quatro centros acadêmicos e que inicialmente boicotou a fundação da Comissão Estudantil para a Defesa da Palestina.

Apesar da resistência inicial, o engajamento da comissão e a pressão exercida pelas suas ações forçaram outros setores a se movimentarem. O PSOL, por exemplo, que havia feito uma campanha contra o PCO, acusando-o de ser racista, homofóbico e machista, foi compelido a se aproximar e discutir a situação. Eventualmente, pediram para assinar uma nota de repúdio à censura ao lado do PCO, reconhecendo a necessidade de se posicionarem contra as medidas repressivas.

A mobilização em defesa da Palestina também ganhou força após a comissão começar a organização, com adesivos e materiais de campanha aparecendo mais frequentemente no campus. A proposta de realizar uma mobilização a nível estadual, envolvendo todos os campi da UNESP, foi apresentada e aprovada, apesar das tentativas de boicote por parte de alguns setores.

Mesmo enfrentando boicotes, a comissão continuou suas atividades, realizando reuniões com todos os membros e simpatizantes para discutir as estratégias de resistência. Assumiram a responsabilidade de organizar o movimento e fortaleceram suas conexões com comitês de outras unidades da UNESP.

A mobilização em Franca, portanto, não é apenas uma preparação para o ato nacional, mas também um símbolo de resistência contra a censura e repressão. A luta para defender a causa palestina continua a crescer, com a comissão liderando o caminho e inspirando outros a se unirem à causa.A mobilização em Franca para o Ato Nacional em Defesa da Palestina no dia 30 de junho representa uma jornada de desafios e resiliência. A Comissão Estudantil para a Defesa da Palestina, enfrentando censura e repressão, conseguiu não apenas perseverar, mas também mobilizar um movimento mais amplo, unindo diversos setores e comitês em uma luta comum. O ato nacional promete ser um marco importante na luta pela justiça e liberdade para o povo palestino, e a mobilização em Franca é um testemunho do poder da organização e da resistência.

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